A piscicultura é a atividade agropecuária de grande potencial econômico, cujos recursos naturais como solo, água e clima são fundamentais para os bons resultados do trabalho. Mas para obter o lucro desejado, a atividade deve estar fundamentada em três pilares: local apropriado para a instalação de tanques, solo com textura adequada, de preferência argiloso, fontes que possam abastecer os tanques por gravidade e, principalmente, água de boa qualidade. Segundo os pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental, Antonio Cláudio Uchôa Izel e Roger Crescêncio, que já desenvolveram sistemas de produção para duas espécies de peixes altamente comercializadas: tambaqui e matrinxã, um dos fatores principais para o sucesso da aqüicultura é a profissionalização da atividade.
O panorama atual desta atividade é promissor porque já se encontram no mercado todos os insumos necessários para a criação de peixes em cativeiro, como boa disponibilidade de alevinos, indústria de equipamentos, de produtos químicos, calcário, fábricas de ração, além da demanda cada vez maior da população por uma alimentação saudável baseada no consumo de peixes e saladas.
A região brasileira com maior potencial de produtividade de pescado, é a região amazônica, apesar disso ainda fica muito abaixo nesse tipo de produção em cativeiro. Conforme dados da Secretaria Especial de Pesca e Aqüicultura, a região tem potencial para produzir 14 mil toneladas de peixes de água doce e 324 toneladas em água salgada, mas produz apenas 4,63% desse total.
da redação do Nordeste RuralA