Há cerca de dois meses um grupo do Movimento Sem Terra (MST) invadiu a sede da prefeitura de Abaré, no norte baiano. Eles reivindicavam melhorias nas condições de saúde e educação no assentamento Antonio Conselheiro. O MST só deixou a prefeitura após um acordo na justiça mediado pelo juiz Glautemberg Bastos. Ao que parece não é só o assentamento que sofre com o descaso na educação municipal. Fato parecido foi registrado pela vereadora Carol Pires (PT) no Castainho, zona rural de Abaré. A vereadora se deslocou até a comunidade para averiguar a denúncia de uma mãe sobre as péssimas condições da escola local. “São cerca de quinze crianças, da alfabetização ao quinto ano, que estudam em uma única sala, misturando conteúdos e prejudicando o aprendizado. É lamentável que em pleno século XXI a gente ainda encontre esse tipo de situação. Porém, é um fato comum em diversas localidades do município e o que mais me chamou atenção foi a estrutura da escola: uma casa de taipa”, lamentou Carol. Como disse a vereadora, a escola Santa Terezinha funciona em uma pequena casa de taipa sem a mínima condição de funcionamento e está localizada na comunidade do Castainho, zona rural do município. De acordo com os moradores da localidade a casa onde está localizada a escola foi construída há mais de 20 anos e estava abandonada. Um perigo para professora e alunos. Carol prometeu levar o assunto à tribuna da Câmara e cobrar ações do prefeito Benedito Pedro da Cruz (PMDB). “A garantia do padrão de qualidade é um dos princípios da Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional. O poder público que tem a obrigação de oferecer ensino gratuito e de qualidade e a não efetivação desse princípio implica na má qualidade do ensino na cidade de Abaré”, finalizou a vereadora que entrará com denuncia no Ministério Publico. O Vale em Pauta tentou várias vezes um contato telefônico com a assessoria da Prefeitura Municipal de Abaré, mas ninguém atendeu as ligações. O espaço está sempre aberto para o contraditório.
Fonte: Vale em Pauta