A Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), em parceria com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), vem fazendo o monitoramento das árvores situadas na cidade de Petrolina, em especial o Nim indiano, planta exótica ao bioma caatinga bastante utilizada na arborização urbana. Nesta espécie, os pesquisadores encontraram uma anomalia até então desconhecida.
Embora tenham descoberto essa mudança na espécie, os agentes da AMMA alertam que ainda é muito cedo para classificar o caso como uma doença. “É um atrofiamento que acontece nas folhas do Nim, mas que ainda não podemos chamar de doença. Por conta disso, em parceria com a Codevasf, produzimos um relatório fotográfico e textual que foi entregue ao laboratório da Embrapa, que vai nos mostrar que tipo de problema é esse. Após os estudos, a Embrapa vai nos dizer como podemos tratar esse problema”, explicou o ambientalista da AMMA, Vitório Rodrigues.
Segundo relatório dos agentes da AMMA, durante os monitoramentos foi observado que o atrofiamento ocorre inicialmente nos brotos apicais, dando um aspecto de má formação das folhas, seguida de atrofiamento geral de todo ramo, deixando os galhos com aspecto esponjoso. A anomalia pode acometer toda a planta e acontece primeiramente em galhos podados, podendo atingir todas as plantas vizinhas e, inclusive, outras espécies .
“Continuamos plantando o Nim na cidade. Faremos alguns testes, como a retirada de um exemplar que já tenha sido controlado o problema e o plantio de outro para observarmos se é transmitido através do solo. A AMMA não estabeleceu nenhuma restrição quanto ao plantio do Nim e nós vamos continuar observando e aguardando os resultados dos testes feitos pela Embrapa”, destacou Rodrigues.
No parecer do Engenheiro Florestal e Analista em Desenvolvimento Regional da Codevasf, Gildemar Oliveira dos Santos, ainda não é possível especificar o que vem acontecendo com o Nim. “Não se pode a partir da observação feita in loco, dos dados coletados e buscando informações na literatura, constatar que se trata de uma patologia, assim como de possíveis danos à espécie, ao ser humano e a arborização urbana”, declarou.