O semiárido pernambucano tem novidade. É o perímetro Pontal, na zona rural de Petrolina, sertão pernambucano, que vive um momento histórico. Os agricultores da região acabam de iniciar a colheita de forragens no primeiro “pulmão verde”, uma área especialmente criada e destinada à produção de forragem para a criação animal dos beneficiários do Pontal Sequeiro. A idéia foi implantada pelo governo federal, por meio da Codevasf, com objetivo de beneficiar produtores das áreas não irrigadas da região do Pontal.
Os pulmões verdes são áreas irrigadas destinadas à produção de forragem animal. Ao todo, o Pontal conta com seis pulmões verdes, dos quais quatro estão em funcionamento e dois estão em fase de implantação. Cada produtor beneficiado conta com uma área de até um hectare. A expectativa da Codevasf é que, com os seis pulmões em funcionamento, cerca de 90 famílias sejam beneficiadas pela ação.
Alguns agricultores, que sempre criaram seus animais na dependência do período de chuvas, agora já podem alimentá-los com a forragem produzida em um dos pulmões verdes, em funcionamento. Agora a comida dos animais é garantida através da irrigação. Com essa área irrigada, os agricultores poderão superar as dificuldades dos três últimos anos de seca.
Para garantir que a produção realizada nos pulmões verdes seja realizada da melhor forma possível, a Codevasf oferece assistência técnica para cada beneficiário do Pontal Sequeiro. Leonardo Wilker, engenheiro agrônomo contratado pela Companhia para orientar os produtores do Pontal, afirma que os primeiros resultados são satisfatórios. Segundo ele, em uma área de 0,06 hectare, foram produzidos mil quilos de silo em sacos de 100 quilos em média, além de 500 quilos colocados no terreiro de secagem para ser transformado em feno. O total esperado em média é de 25 toneladas por hectare.
da redação do Nordeste Rural