
As multas foram aplicadas em agosto a 20 agriculores — cada um deles multados em R$ 50 mil — após os canais serem abertos pela associação de produtores rurais da região. O Ibama disse, à época, que os canais abertos poderiam causar o assoreamento do leito, poluição e contaminação da água, e ainda provocar desperdício. O órgao, no entanto, não interditou os canais.
Os trabalhadores dizem que não tem intenção de prejudicar o meio ambiente, mas apenas de salvar as plantações diante da seca que atinge a região. “Eu não tenho condições de pagar essa multa. Estou com 53 anos de idade e nunca vi esse dinheiro na minha mão”, disse uma mulher que trabalha na regiçao.
A Agência Municipal do Meio Ambiente de Casa Nova informou que entrou com uma defesa administrativa para tentar converter a multa aplicada aos agricultores em algum tipo de prestação de serviço para compensação ambiental. O superintendente Isael Amaral afirma que aguarda uma audiência com o Ministério do Meio ambiente. “Esperamos essa audiência em Brasília para que, juntamente com o representante do município, o prefeito faça essa homologação do acordo”, destacou.
Depois da ação do Ibama, os agricultores começaram a ser orientados pelos fiscais da agencia municipal do meio ambiente. “A gente vai precisar regulamentar esses canais. Os agricultores vão precisar levar até a Agência Muncipal do Meio ambiente um projeto que informe o que vai acontecer com o meio ambiente”, destacou o fiscal ambiental José Pedro de Oliveira.
Edmilson Torres é outro agricultor que foi multado e que diz não ter condições de realizar o pagamento. “A gente não tem intenção de dar prejuízo ao meio ambiente. Pelo contrário, a gente quer é preservar”, destaca.


