O acúmulo de agrotóxico no organismo está associado à propensão de as pessoas desenvolverem câncer de mama, além do de testículos e do de fígado. Em relação a crianças, com um sistema imunológico menos desenvolvido, o problema da contaminação pode ocorrer ainda na gestação e através do leite materno com riscos maiores de desenvolver leucemia e linfoma. “Pesquisas apontam que mulheres que apresentavam agrotóxico no organismo tinham o dobro da chance de desenvolver câncer de mama”, diz Fábio Gomes, nutricionista do Instituto Nacional de Câncer (Inca), à reportagem de O Globo.
Ainda segundo especialistas, alguns agrotóxicos também podem desregular os hormônios e aumentar os distúrbios nos ciclos hormonais da mulher, o que pode antecipar a primeira menstruação, a menarca. Em meninos, pode haver diminuição do pênis. Além disso, doses excessivas podem estar associadas a distúrbios neurológicos e motores, além de irritação nos olhos e na pele.