Apesar da autorização do Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) de acionamento das térmicas no Nordeste, até o momento não foi necessário ligar nenhuma delas. Segundo uma fonte graduada do governo, a autorização para despachar cerca de mil megawatts (MW) das térmicas foi “preventiva”. Com isso, os técnicos não precisam se reunir novamente – basta acioná-las, caso preciso. Assim, os gastos do governo para arcar com os custos das termoelétricas não serão elevados, como inicialmente se supôs. A decisão do CMSE tinha como objetivo aliviar a transmissão ao Nordeste vinda de outras regiões, depois que a queda de duas linhas causou um apagão que atingiu todo o Nordeste no fim de agosto. O objetivo era diminuir os riscos de novos blecautes enquanto a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) analisa a situação das linhas que interligam os Estados nordestinos com as demais regiões. A ideia do governo era acionar as térmicas nordestinas por 15 dias, o que poderia elevar em R$ 50 milhões os gastos com o setor. Mas, de acordo com a fonte, isso ainda não foi preciso. As despesas com as usinas poderiam ser mitigadas, a depender do mix de combustíveis que são utilizados para gerar energia. As térmicas podem gerar eletricidade com carvão, gás e óleo.
por João Villaverde | Agência Estado
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