No lugar do enstusiamo, o silêncio. Antes animado com a orientação de trabalhos sobre greve para alunos do 3º ano do ensino médio, nesta terça, o professor de Filosofia Carlos Magno Pessoa preferiu se calar. De acordo com alunos do Colégio Estadual Manoel Novaes, no Canela, nem aula ele deu, após ler reportagem do CORREIO, mostrando que a greve dos professores havia se tornado tema de suas aulas de reposição. “Ele entrou na sala, pegou os trabalhos e colocou presença nos alunos. Não fez nenhum comentário”, relatou a estudante Tamires Azevedo, 18 anos. Os trabalhos mencionados por ela são os jornais da foto acima, que têm peso 7 e tinham que ser produzidos em cima da greve dos professores da rede estadual, que completa hoje 92 dias. Procurado pela reportagem, o professor não quis comentar o assunto. “Ele não quer falar e disse que o trabalho é uma expressão puramente dos alunos”, reproduziu o estudante Thiago da Silva, 18 anos. Em meio a reclamações, os alunos entregaram o Jornal da Manhã – Diário Oficial do Manoel Novaes, o Maneco News! e o Jornal Estudantil. Desde que recebeu as orientações, Tamires, que formou equipe com quatro colegas para produzir o Estudantil, não compreendeu de que forma o assunto somaria ao seu aprendizado.
Alunos do 3º ano entregam jornais sobre a paralisação
Alunos do 3º ano do Colégio Manoel Novaes produziram jornais sobre greve do professores.