No dia 02 de abril, Dia de mobilização em prol do autista, a Associação dos Amigos dos Autistas do Vale do São Francisco (AMAAVASF), através de sua presidente Adriana Ribeiro irá realizar uma passeata em busca de apoio aos autistas do Vale. De acordo com Adriana o objetivo é dividir a luta com a sociedade e as autoridades competentes, “queremos que a sociedade entenda o autista e que o autista tenha condições de acesso ao tratamento que ainda é muito caro, pois envolve muitos profissionais especializados. Queremos propor ao poder legislativo uma parceria de inclusão dessas crianças e no dia dois de abril vamos em busca desse intento”, declarou.
A passeata está prevista para sair as 8h da praça Dom Malan, passando pelo centro de Petrolina até a Câmara de Vereadores onde será solicitada a incorporação do poder legislativo na cauda dos autistas,que já somam mais de quatro mil no Vale do São Francisco, dados obtidos na Associação.
Cientes que não é uma tarefa fácil lidar com os transtornos causados pelo autismo a mãe de Lara, de 2 anos, Ana Maria, falou a nossa equipe de reportagem o motivo que encampou essa luta junto a Adriana Ribeiro, e a AMAAVASF. “Minha filha era uma criança aparentemente normal até os seus um ano e três meses, depois disso ela começou a apresentar uma sintomas estranhos para mim, e eu nem desconfiava do diagnostico, que é super complicado de se obter e principalmente de se entender, mesmo quando somos um pouco esclarecidas, diante de uma mudança súbita de comportamento levamos minha filha ao médico que em poucos instantes diagnósticos ela como autista,naquele momento perdi o chão, não sabia o que fazer e muito menos pra onde ir”, desabafou, acrescentando que tinhas duas escolhas se esconder como a maioria faz ou buscar ajuda e tentar compreender sua filha. Ela escolheu a segunda opção e procurou na internet tudo relacionado ao assunto autismo foi quando descobriu a AMAAVASF em Petrolina, que orientava e ajudava pais de crianças autistas a compreender melhor a doença.
Segundo Ana Maria essa foi a melhor coisa que poderia ter acontecido naquele momento e hoje com pouco mais de dois anos a sua Laura já começa a mostrar melhoras comportamentais, “Ela ainda não está curada e nem sabemos se vai ficar totalmente normal, mas com o tratamento que seguimos rigorosamente sabemos que é possível, e esse fator me deu forças para me unir a Adriana e a AMAAVASF, “pois seu que esse tratamento adequado não é barato e sei também que existem famílias que não tem condições de arcar com ele, por isso a importância dessa passeata, precisamos que o governo se uma a nós e some para que outras crianças também possam ser tratadas como o devido respeito e tenham acesso aos profissionais assim como Lara”, expos.
Conversamos também com a psicóloga Mona, que informou a nossa equipe de reportagem a importância de um diagnostico bem feito, “como já vimos são muitos casos de autismo na região, mais devemos ter cautela antes de fazer um diagnostico, pois existem doenças que tem sintomas similares, e está na moda o autismo para não ocorrer de tratar uma criança sem necessidade”, comentou. Dra. Mona falou também da importância da AMAAVASF que tem se dedicado a cuidar e orientar a família do autista que também precisa está preparado para receber uma criança tão especial.
Voltando ao dia da passeata de inclusão Adriana Ribeiro fez questão de frisar que essa mobilização é gratuita e os interessados podem vestir-se de azul, pois esta é a cor que simboliza o movimento.
Por Lidiane Souza