O prêmio Nobel de Economia foi concedido ao economista francês Jean Tirole em razão de sua análise do poder e da regulação do mercado, segundo comunicado da Real Academia Sueca de Ciências. “Muitas indústrias são dominadas por um pequeno número de grandes empresas ou um único monopólio. Sem regulação, esses mercados produzem resultados socialmente indesejados – preços mais altos do que os que resultam dos custos ou empresas improdutivas que sobrevivem porque bloqueiam a entrada de outras, mais novas e mais produtivas”, destacou o júri, ao se referir a Tirole como um dos economistas mais influentes da atualidade.
O Nobel de Economia é o único que não estava incluído no testamento original do cientista e filantropo sueco, Alfredo Nobel. O prêmio criado em 1968, pelo Banco Central sueco, para celebrar o seu tricentenário. Foi entregue pela primeira vez em 1969, enquanto os outros prêmios são distribuídos desde 2001.
A distinção de um francês, este ano, marca uma ruptura com o domínio americano na lista dos escolhidos. Na última década, 18 dos 20 economistas que receberam o prêmio eram originários dos Estados Unidos, incluindo um israelista-americano.
Jean Tirole é o terceiro francês contemplado com o Nobel da Economia, depois de Gérard Debreu, em 1983, e Maurice Allais, em 1988. O economista trabalha na Universidade de Toulouse desde os anos 1990, depois de passar pelo Instituto de Economia de Massachussets, e era apontado como um dos favoritos ao Nobel há vários anos.
Ele deve receber o prêmio e um cheque de 8 milhões de coroas suecas, em 10 de dezembro, data que assinala o aniversário da morte do criador do Nobel, em Estocolmo.
Fonte: Agência Brasil