O lutador Anderson Silva, 38, deixou claro que, apesar dos pedidos da sua família para que ele se aposente, tentará retornar aos combates profissionais após ter fraturado a perna esquerda. Mas sabe que talvez isso não seja possível.
“Quero poder voltar a fazer o que eu faço bem, que é lutar”, disse em entrevista ao programa ‘Fantástico’, da Rede Globo, neste domingo. “Tenho muito ainda para fazer. Não tenho essa intenção de parar não”.
O brasileiro reconhece, porém, a chance de que os médicos o informem que ele não possa mais lutar. “Tenho que me preparar para isso também.”
Silva sofreu a fratura na canela esquerda durante sua segunda derrota contra Chris Weidman, pelo cinturão dos médios do UFC, em 28 de dezembro.
Considerou “uma fatalidade” a lesão sofrida durante o combate. “Tenho plena certeza de que teria vencido”, opinou.
Ele relatou ter escutado “barulho de osso quebrando” e disse que ainda sente muitas dores, o que dificulta seu sono. “Foi uma dor que não desejo a ninguém”, afirmou.
“Foi o pior momento da minha vida e da minha carreira até agora”, avaliou. “Fiquei apavorado. Pedi para colocarem minha perna imediatamente no lugar”, lembrou o paranaense.
O ex-campeão mundial de MMA contou que, desde então, ficou imaginando se poderia lutar ou até mesmo andar.
Anderson Silva ainda não iniciou as sessões de fisioterapia, e perdeu massa muscular na perna esquerda por causa da inatividade.
Tem consicência da dificuldade da recuperação, até por causa da sua idade.
Ele reviu o vídeo da luta contra Weidman várias vezes e admitiu erros técnicos. “Fico feliz de ter a humildade para reconhecer meus erros”, disse.
“Fico tentando entender o por quê, tentando descobrir a mensagem que Deus está me enviando com isso”, afirmou.
Folha de S. Paulo