A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) retirou nesta quarta-feira (30) o pato de 20 metros de altura e outros 5 mil patos infláveis que estavam no gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, em ato contra a volta da CPMF. A remoção ocorreu por determinação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que alegou que o tombamento do Plano Piloto proíbe intervenções na área sem autorização prévia da entidade.
A Fiesp afirma que cumpriu o prazo determinado pelo instituto, mas que considera a ação do Iphan “irregular e abusiva”. Para a federação, a medida “viola a liberdade de expressão e manifestação no local”.
A entidade das indústrias afirma que vai negociar com o Iphan a volta dos patos ao gramado do Congresso Nacional. O objetivo da Fiesp é que os patos fiquem no local até o término da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A entidade pretende recorrer à Justiça caso não consiga a autorização do Iphan.
O instituto afirma que não busca fazer juízo de valor ou censura ao objeto, “mas apenas às condições de preservação do espaço”. Para o Iphan, a exigência de autorização já faz parte da cultura da cidade de Brasília e a ausência do pedido por parte da Fiesp causou “estranheza”.
Campanha
O pato inflável tem 20 metros de altura e é mascote da campanha “Não vou pagar o pato”, iniciada pela Fiesp em outubro em oposição ao aumento de impostos e à volta da CPMF. Pela internet, a federação passou a reunir assinaturas para um manifesto popular, que seria enviado ao Congresso com 1 milhão de nomes. Até esta terça, o site indicava 1,12 milhão de participantes.
Em dezembro, a Fiesp anunciou apoio formal ao impeachment e incorporou a pauta à lista de reivindicações. O site principal da campanha mostra a lista dos 65 deputados da comissão especial do impeachment nesta terça, com links de redes sociais e contatos dos gabinetes para que o eleitor possa “perguntar diretamente” a posição de cada um sobre o afastamento de Dilma.
G1