Há anos li em Contrastes, de Humberto de Campos, uma narrativa sobre a vida. Dizia ele + – assim:
“A vida é um tecido de má qualidade cujo valor está todo no bordado. E esse bordado pode ser interessante. A uma simples volta da peça muda inteiramente o desenho”.
Analisando o comportamento humano, sinto o quanto é verdade.
Quantas vezes trocamos a alegria pela tristeza, por um motivo pequeno;
Quantas vezes trocamos a verdade pela mentira, com o intuito de satisfazer um simples capricho;
Quantas vezes trocamos o amor pelo ódio, por um diminuto desentendimento;
Quantas vezes trocamos a amizade pela intriga, para atender interesse de alguém;
Quantas vezes trocamos a tolerância pela raiva, para atender um motivo fútil;
Quantas vezes trocamos o prazer pelo desgosto, por falta de clareza de nossas atitudes;
Quantas vezes trocamos um ato de coragem por um ato de covardia, simplesmente para não contrariar alguém;
Quantas vezes abandonamos a esperança, por não acreditarmos no Deus que acalma, protege, alimenta, conforta, fortalece, guia, abençoa, ilumina;
Por fim, quantas vezes nos sentimos abandonados pela mocidade, por não aceitarmos a velhice, fato real e inevitável para quem quer viver muito.
Hoje, repito o que meu pai sempre dizia: quando pensei que estava jovem, estava velho. Quando procurei a mocidade ela tinha me deixado, sem se despedir. E o pior: nunca mais voltará. Isso realmente é a vida, cujo bordado definirá sua qualidade.
MAGOM – Contabilista, Administrador de Empresa e membro do Lions.







