Audiências públicas para aprovação da proposta técnica de criação do Refúgio de Vida Silvestre Tatu Bola, no Bioma Caatinga, serão realizadas no dia 26 e 27 de agosto. As consultas públicas acontecem, respectivamente, nas Câmaras da Vereadores das cidades pernambucanas, de Santa Maria da Boa Vista e Lagoa Grande, no Sertão do estado.
Segundo o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Carlos Cavalcanti, as consultas são parte do processo de criação das unidades de conversação do Parque Tatu Bola. “É fundamental porque é nesse momento onde a proposta é apresentada para a sociedade, empresários, agricultores, gestores, as pessoas da região que estão diretamente envolvidas. Assim, a população pode negociar, apresentar sugestões e, porque não, criticar pontos do projeto”, afirma.
A área de proteção integral terá 110 mil hectares de extensão e abrange as cidades de Petrolina,Santa Maria da Boa Vista e Lagoa Grande. O refúgio de vida silvestre é uma das modalidades de unidade de proteção integral. No local, que mescla áreas públicas e particulares, a meta é garantir a reprodução de animais ameaçados.
Os resultados dos estudos elaborados por técnicos da Semas, CPRH e da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) serão apresentados à população. Depois das audiências públicas, a proposta será discutida durante a reunião do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), realizada no dia 29 de agosto, na Reitoria da Univasf em Petrolina.
Após a análise, o projeto será concluído para ser entregue ao Governo de Pernambuco. “Após as consultas públicas, recomendações dos conselheiros do Consema, o governador deve analisar e assinar o decreto criando assim a unidade”, explica Carlos Cavalcanti.
De acordo com o secretário, a provocação para criação da unidade começou em julho de 2013 durante a Conferência de Meio Ambiente realizada na Petrolina. “Em maio deste ano foi dado o prazo de criação da unidade. Vamos iniciar o período de implementação, quando será elaborado o plano de manejo com o zonamento de uso da unidade. Mas só a partir do decreto poderemos começar a implementação”, destaca.
G1 Petrolina