“A Bahia tem potencial para estar entre as maiores bacias leiteiras do país”, afirmou o secretário Estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo, Eduardo Salles, no IIIº encontro do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Leite do Estado da Bahia (Sindileite/Bahia), realizado no Hotel Catussaba, em Salvador. Palestrando para centenas de produtores e laticinistas, ele fez questão de discutir os avanços do setor e fazer uma avaliação do panorama do leite no estado.
“Nós temos o 3º maior rebanho do Brasil, a 7ª maior produção e estamos em 23º em produtividade. Esses números são destoantes. Precisamos qualificar nossos produtores e dar suporte técnico para reverter esse quadro. A Bahia tem um grande potencial leiteiro” avaliou Salles.
O 3º encontro do Sindileite reuniu diversos laticinistas e fornecedores de equipamentos de todo o estado, que se dividiram em stands montados no salão de eventos do Hotel Catussaba para exibir seus produtos. O diretor de Pecuária da Seagri, Luís Miranda, esteve presente e fez uma avaliação do evento.
“Este é um grande evento para a cultura do leite. O que chama atenção é o aumento da oferta de produtos lacticínios em 40%, e principalmente a adesão dos lacticinistas ao Sindileite. Isso mostra que o apoio e incentivo que a Seagri está dando aos microempresários está surtindo efeito” afirmou Miranda. Outro fator positivo ressaltado por ele é o fato de que a cada 100 litros de leite produzidos, a Bahia gera um emprego direto e outro indireto.
Durante os três dias do evento, foram ministradas palestras e mini-cursos de capacitação para os produtores. No último dia, foi assinado o termo de posse da nova comissão de administração do sindicato e simbolicamente a apresentação da chapa eleita que cumprirá o exercício 2012 – 2015. Assumiram, Paulo José Cintra, como presidente, Lutz Viana Rodrigues, vice presidente, Rafael Bruno Teixeira, diretor secretário e Robson Matos Liger, como diretor tesoureiro.
Cintra se diz motivado com os desafios e espera contribuir para aumentar a produtividade leiteira da Bahia. “Estamos passando para o nosso 4º mandato no Sindileite. Esta é a hora de por em prática tudo o que aprendemos nesses últimos anos. Nosso principal desafio é aumentar a produtividade, buscando unir a tecnologia e a assistência técnica para dar suporte ao produtor rural, facilitando o seu trabalho” afirmou ele.
Além disso, Cintra concorda com Eduardo Salles na questão de que a Bahia tem potencial para estar entre as maiores bacias leiteiras do Brasil e ressalta ainda um dos principais pólos produtores do estado. “Hoje, já conseguimos ter bacia leiteira em alguns pólos no estado, como Alagoinhas, que produz 18 litros por vaca, enquanto a média nacional é entre 1,7 e 1,8 litros” disse.
Para o presidente da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Seagri, Paulo Emílio Torres, os agentes de fiscalização têm um papel fundamental nessa questão e principalmente nas questões sanitárias. “Nós estamos aqui com mais de 20 profissionais interligados ao processo e ao Sindileite. Isso mostra a importância que existe entre o sistema agroindustrial e a fiscalização. As questões sanitárias são prioritárias, porque não adianta ter um grande rebanho, uma ótima produtividade e não ter qualidade no produto para o consumidor final” explicou Paulo Emílio.
PLANO ESTADUAL DA PECUÁRIA LEITEIRA – Outro ponto importante para o setor leiteiro na Bahia foi a apresentação do Plano Estadual da Pecuária Leiteira, que visa atingir a auto-suficiência na produção de Leite e promover o desenvolvimento econômico e social da cadeia produtiva na Bahia. O Superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Raimundo Sampaio, palestrou sobre o tema e falou da importância do projeto.
“Este plano estadual servirá para dar diretrizes para toda cadeia produtiva do estado. Iremos oferecer assistência técnica, infra-estrutura e tecnologia para os produtores de toda a Bahia. Além de palestras, seminários e visitas de intercâmbio” afirmou ele. Já o secretário de Agricultura se mostrou confiante com o projeto. “Este será um projeto estruturante para toda a Bahia” afirmou Salles.
Ascom Seagri