ovinosA Bahia acaba de bater o recordede ovinos (ovelhas e carneiros), em 44 anos e chega a quase 4,2 milhões de animais em 2018.Este dado significativo foi divulgado nesta sexta-feira 20, pela unidade estadual da Supervisão de Disseminação de Informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) e integra a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2018.

Segundo a supervisora Mariana Viveiros, a Bahia está abrigando 22,1% do total de ovinos e caprinos. “De 2017 para 2018, o rebanho de caprinos cresceu pelo 4º ano seguido no estado, que também consolidou sua liderança nacional, com 3,2 milhões de animais (30,2% do total). Já o rebanho de suínos voltou a crescer em 2018 (+2,6%), após sete anos seguidos em queda, e chegou a 1,1 milhão de cabeças”.

Entre osmunicípios, o de Casa Nova tem os maiores rebanhos de ovinos (442,5 mil animais) e caprinos (510,2 mil) do Brasil e o maior efetivo de suínos da Bahia (28,5 mil animais), “Em ano majoritariamente positivo para a pecuária, a Bahia teve quedas apenas nos efetivos de bovinos (-1,1%) e de frangos para corte (-1,0%). Em 2018, a produtividade do leite na Bahia cresceu pelo 6º ano consecutivo e chegou ao recorde no estado (1,13 mil litros por vaca ordenhada)”, destaca a gestora estadual do IBGE.

Segundo a PPM a maior baixa em 2018 foi na piscicultura frente à 2017. “A produção baiana de peixes, em cativeiro, teve a 2ª maior retração do país em números absolutos (-4,5 mil toneladas). Eo estado da Bahia caiu do 9º para o 12º no ranking nacional”, sintetizou Mariana Viveiros.

LEVANTAMENTO

De 2017 para 2018, o rebanho baiano de ovinos (ovelhas, carneiros e borregos) cresceu pelo 4º ano seguido (+10,2%). Registrou o maior aumento absoluto nos 44 anos da série histórica da PPM: mais 386,2 mil cabeças. Chegou ao recorde de 4.179.667 animais.“Com esse crescimento, a Bahia aumentou ainda mais sua participação no rebanho nacional de ovinos, de 20,4% em 2017 para 22,1% em 2018, consolidando-se como o estado com maior efetivo do país”, relata Mariana Viveiros.

O rebanho de caprinos (bodes, cabras e cabritos) também foi um destaque positivo da pecuária baiana em 2018, o que fez manter a Bahia na liderança nacional histórica. “Atualmente,o estado tem 3 em cada 10 caprinos do Brasil (30,2%) e teve ganho nessa participação em relação a 2017 (quando representava 28,8% do total)”, explica.

Grande destaque da pesquisa é o município de Casa Nova, no Norte da Bahia, que ostenta os maiores efetivos de ovinos (442,5 mil animais, 2,3% do nacional e 10,6% do baiano) e caprinos (510,2 mil animais, 4,8% do rebanho brasileiro e 15,8% do baiano). Em seguida estão:Juazeiro com os segundos maiores rebanhos de ovinos e caprinos da Bahia e os terceiros do país (250,5 mil e 246,8 mil animais, respectivamente); Remanso com o terceiro maior rebanho ovino do estado e o quarto do país (236,9 mil animais); e Curaçá com o terceiro maior efetivo de caprinos da Bahia e o quarto do Brasil (243,4 mil animais).

SUÍNOS

Após recuar por sete anos seguidos (desde 2011), o rebanho baiano de suínos voltou a crescer entre 2017 e 2018 (+2,6%) e chegou a 1.114.070 de animais, no ano passado.No estado, o aumento de 28.563 suínos em um ano foi capitaneado pelos municípios de Campo Alegre de Lourdes, cujo rebanho mais que triplicou, passando de 4.218 para 15.395 suínos, entre 2017 e 2018; Casa Nova, que viu o número de animais passar de 18.205 para 28.465 nesse período, e Ibititá, cujo plantel também mais que triplicou, crescendo de 1.813 para 6.546 suínos em um ano.Casa

Nova é o município baiano com maior número de suínos, respondendo por 2,6% do total do estado. Apesar do aumento no efetivo de suínos, a Bahia manteve-se, em 2018, com a 10ª participação no rebanho nacional, abrigando 2,7% dos 41,4 milhões de animais existentes no Brasil. Outro rebanho que cresceu na Bahia, entre 2017 e 2018, foi o de equinos (+2,7%), chegando a 508.892 animais e mantendo o estado com o terceiro maior efetivo do país (8,8% do total).

BOVINOS

O ano de 2018 apresentou uma redução no número de animais entre bovinos (-1,1%) e galináceos (-0,4%), neste caso especificamente entre os frangos para abate (-1,0%), já que o número de galinhas poedeiras aumentou (+3,6%).O rebanho de bovinos vem diminuindo na Bahia desde 2014 e chegou em 2018 a 9.923.931 animais, o menor número desde 2002 (quando o efetivo era de 9.856.290 cabeças de bovinos). No Brasil também houve redução pelo segundo ano consecutivo (-0,7%) e o efetivo chegou a 213,5 milhões de bovinos.

O número de galináceos teve o segundo recuo seguido na Bahia, passando de 44,3 milhões para 44,1 milhões de animais, entre 2017 e 2018. A redução foi puxada mais uma vez pelos frangos de corte, abatidos para alimentação (-1,0%), que somaram 37,9 milhões em 2018, frente a 38,4 milhões em 2017.Já o número de galinhas poedeiras (que produzem ovos), apesar de menos representativo entre os galináceos do estado, cresceu 3,6% de 2017 para 2018, chegando a um efetivo de 6,1 milhões. Foi a segunda alta consecutiva.

Esse crescimento se refletiu numa maior produção de ovos em 2018. A Bahia contabilizou 87,9 milhões de dúzias de ovos de galinha no ano passado, 4,6% a mais que em 2017 (84,1 milhões de dúzias). Foi a maior produção de ovos no estado desde 2006, quando ela havia chegado a 95,7 milhões de dúzias.

Entre Rios é maior produtor de ovos da Bahia, com 16,7 milhões de dúzias em 2018 (19,0% do total) e 50º em nível nacional. O município também tem o maior número de galinhas poedeiras no estado (695,5 mil animais, 11,4% do total).

LEITE

Em 2018, a produtividade do leite na Bahia avançou pelo sexto ano consecutivo (cresce desde 2013) e atingiu 1,13 mil litros por vaca ordenhada, um recorde para o estado em 44 anos (desde 1974).O aumento de 3,5% em relação a 2017 (quando haviam sido produzidos 1,09 mil litros por vaca ordenhada) se deu em consequência do crescimento na produção de leite, de 876,4 milhões de litros em 2017 para 891,1 milhões de litros no ano passado, frente a uma redução no número de vacas ordenhadas, de 800,6 mil para 786,1 mil animais, no mesmo período.

Entretanto, apesar dos incrementos recentes, a produtividade do leite na Bahia ainda é praticamente a metade da média nacional, de 2,1 mil litros por vaca ordenhada em 2018, e menos de um 1/3 do rendimento dos líderes nacionais nesse indicador.

PISCICULTURA

O ano de 2018 foi de baixa para a piscicultura baiana. A produção total de peixes em cativeiro no estado ficou em 13,6 mil toneladas, recuando 24,8% em relação à estimada em 2017 (18,1 mil toneladas, que havia sido um recorde para a Bahia).A redução de 4,5 mil toneladas em um ano foi o segundo maior recuo absoluto dentre os estados.

Com o resultado de 2018, a Bahia perdeu três posições no ranking nacional da piscicultura, caindo de 9º em 2017 para 12º no ano passado. Glória, maior produtor baiano de peixes em cativeiro, também teve queda na piscicultura em 2018 (-36,8%), passando de 12,4 mil toneladas em 2017 para 7,8 mil toneladas no ano passado. Com isso, caiu de cai de 3º para 9º lugar no ranking nacional.

 

Tribuna da Bahia

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