A Bahia registrou 17 casos suspeitos de Covid-19 (coronavírus) até as 10h desta sexta-feira (28). A informação foi divulgada através de uma nota conjunta das Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e Secretaria Municipal de Saúde de Salvador.
Conforme a Sesab, os casos notificados com suspeita clínica de infecção pelo novo coronavírus ocorreram nos seguintes municípios: Camaçari (1), Jequié (1), Tucano (1), Itabuna (4), Jacaraci (1), Salvador (5), Feira de Santana (3) e Porto Seguro (1). Os casos só são oficialmente reconhecidos como suspeitos após confirmação do Ministério da Saúde, o que ainda não ocorreu.
A secretaria informou que estão em análise laboratorial as amostras de oito pacientes, três deles de Feira de Santana, um de Itabuna e quatro de Salvador. Foram descartados laboratorialmente os demais casos.
Por conta dos casos notificados da doença, a Arquidiocese de Salvador emitiu, nesta sexta-feira, um comunicado com recomendações aos membros das igrejas católicas para evitar a difusão do coronavírus. Em nota, a Arquidiocese recomendou:
Omitir o abraço da Paz
Pedir aos fiéis para não darem as mãos na oração do Pai Nosso
Distribuir a comunhão na mão – o comungante levará a hóstia sagrada à boca diante do ministro que a distribui
Estar atentos às orientações das autoridades e profissionais de Saúde.
A Sesab já havia informado que os casos suspeitos são listados em um Banco Oficial do Ministério da Saúde. A previsão é de que o banco seja atualizado diariamente às 12h. A atualização ainda não havia sido realizada até a publicação desta reportagem.
A pasta alertou que o paciente com diagnóstico positivo para o novo coronavírus pode ter a doença em grau leve, moderado ou grave. A depender da situação clínica, pode ser atendido em unidades primárias de atenção básica, unidades secundárias ou precisar de internação. Mesmo definindo unidades de referência, não significa que ele só pode ser atendido em hospital.
Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.
Segundo o Ministério da Saúde, para um caso ser considerado suspeito, é necessário:
Situação 1: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
Situação 2: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus (COVID-19), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
Situação 3: Febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E contato próximo de caso confirmado de coronavírus (COVID-19) em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.
Os países considerados área de transmissão são: Japão, Itália, Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Malásia, Singapura, Coreias do Sul e Norte, Tailândia, Vietnã, Cambodja e China.
De acordo com a SMS, os pacientes monitorados na capital baiana apresentaram sintomas respiratórios leves estiveram recentemente em países que têm a circulação do vírus, de acordo com a nova lista divulgada pelo Ministério da Saúde.
G1 Bahia