O PMDB estadual vai aguardar o desenrolar das investigações da Operação Boca de Lobo, da Polícia Federal que envolveu o nome do integrante do partido, o ex-prefeito de Juazeiro, Misael Aguilar (PMDB), para tomar uma atitude em relação ao filiado. O presidente do PMDB baiano, deputado federal Lúcio Vieira Lima disse que tem acompanhado a operação da PF pela imprensa e quer evitar pré-julgamentos antes que os fatos sejam comprovados.
“Se ficar comprovado o partido se posicionará. Já vi muita gente se dizer inocente e ser culpada, e muita gente sendo acusada quando na verdade é inocente”, disse ele lembrando de fatos que macularam a imagem de pessoas e instituições.
“Tenho muita experiência para não pré-julgar ninguém. A depender do desfecho o partido não se furtará em se posicionar”, reforçou. A reportagem procurou ontem o ex-gestor , mas ele não foi encontrado. Em sua residência, na cidade, informaram que ele e a família estariam em viagem. Aguilar estaria sendo procurado pela Polícia que efetuou uma varredura pela cidade.
Em Juazeiro a Superintendência da PF continuou com as investigações, mas não apresentou novidades. Ontem não teriam sido cumpridos mandados de prisão e apreensão. O delegado Amaral Guimarães deixou claro que o próximo passo após a deflagração seria a realização de uma perícia para análise técnica das obras de saneamento básico, objeto maior dos cinco contratos de R$86 milhões que estão sendo investigados.
A operação apura supostos desvios de verbas federais e fraudes em licitações públicas na prefeitura do município, durante o mandato de 2005 a 2008, quando o poder municipal era administrado pelo ex-prefeito Misael Avilar.
Os acusados devem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude licitatória, formação de quadrilha, peculato, falsidade ideológica, entre outros. Três pessoas foram presas durante a operação na última quinta-feira: o ex-procurador de Juazeiro, Pedro Cordeiro, o ex-diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Juazeiro e sócio da construtora Real Saneamento, Alberto Martins e o sócio da companhia, Sebastião Azevedo. (LM)
TB