A assessoria do Palácio do Planalto informou que o presidente Jair Bolsonaro embarcou na noite de sábado (19) para o Japão. O país será o primeiro destino de um giro que Bolsonaro fará pela Ásia e pelo Oriente Médio nos próximos 12 dias. O presidente deve retornar a Brasília no próximo dia 31. Além do Japão, onde participará de uma cerimônia do imperador Naruhito, o presidente passará por China, Emirados Árabes, Catar e Arábia Saudita. A viagem é a segunda de Bolsonaro por Ásia e Oriente Médio. Ele esteve em junho no Japão, para o encontro do G20. Em abril, o presidente visitou Israel e chegou a criar uma polêmica ao dizer que o nazismo era de esquerda.
Bolsonaro pretende aproveitar as próximas duas semanas para ampliar as relações comerciais do Brasil com países da Ásia e do Oriente Médio. Assim, terá uma agenda de encontros com empresários, integrantes de famílias reais e lideranças políticas, como o presidente da China, Xi Jinping. A China é o principal parceiro comercial do Brasil. De acordo com o governo, o Brasil tem interesse em apresentar oportunidades para investidores japoneses, chineses e árabes. O objetivo é aumentar as exportações de produtos do agronegócio e de defesa. O governo ainda pretende divulgar a carteira do Programa de parceiras de Investimentos (PPI), o programa de concessões do governo. O PPI conta com ativos na área de infraestrutura, como ferrovias, portos, aeroportos, rodovias e exploração de óleo e gás. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, responsável pelo PPI, integra a comitiva de Bolsonaro. Segundo o governo brasileiro, há especial interesse nos investimentos de fundos soberanos dos países árabes.
Japão
A primeira parada de Bolsonaro será no Japão. O presidente tem previsão de chegar hoje a Tóquio, onde participará da cerimônia de entronização do imperador Naruhito. A entronização marca a chegada de Naruhito ao trono. Ele tornou-se imperador em abril, ao suceder o pai, Akihito. Com 85 anos de idade, Akihito abdicou após três décadas na função. Foi a primeira vez que um monarca deixou o posto em vida em dois séculos de história. Segundo o governo japonês, são esperados cerca de 200 líderes estrangeiros para a solenidade, que ainda terá um banquete oferecido as autoridades presentes no evento.
Por Guilherme Mazui/G1 — Brasília