Longe da mídia desde a derrota na última eleição para o Senado, o agora vice-presidente de Governo do Banco do Brasil, César Borges, admite conversar com o governador Jaques Wagner, deixando a oposição na Bahia ainda mais fragilizada. Em entrevista exclusiva à Tribuna, ele diz que está aberto ao diálogo e que a ida para o governo Dilma, do PT, não condiciona o apoio do PR ao pré-candidato petista, Nelson Pelegrino

Tribuna da Bahia – Desde que perdeu a última eleição, o senhor sempre evitou falar com a imprensa. Isso foi uma estratégia de guerra?

César Borges – Não, de forma nenhuma. Eu acho que a gente tem que estar sempre disponível para falar com a imprensa, mas só se deve falar quando, efetivamente, você tem o que dizer. Eu acho que só devo me relacionar, falar com a imprensa e para todo o público leitor em um momento que me procuram e que posso esclarecer posições da vida política, empresarial e administrativa do Estado, do Brasil e da nossa cidade.

Tribuna – Agora, vice-presidente do Banco do Brasil, como avalia o seu retorno à cena política?

Borges – Na verdade, não é um retorno à cena política. Eu nunca saí da cena política porque tinha o mandato de senador, disputei a eleição de 2010, os resultados das urnas não foram favoráveis, entretanto, eu continuei presidente do Partido da República da Bahia e isso sempre me manteve na cena política. Agora é um outro momento onde fui convidado pela presidente Dilma para ocupar um posto de relevância na estrutura do Banco do Brasil. Nós vamos ter uma função administrativa no BB e vamos manter, também, a nossa atividade política, como dirigente do PR em nível estadual.

Tribuna – Qual a sua meta à frente do BB?

Borges – É possível ter uma noção da importância desse banco. Bicentenário, maior e mais importante banco da América Latina, detém mais de 25% dos depósitos e do crédito de todo o país e é um banco que tem mais de 110 mil funcionários, mais de 50 milhões de clientes, mais de cinco mil agências, 60 mil pontos de atendimentos no país, portanto muito importante para qualquer política pública do ponto de vista econômico, do desenvolvimento do país, das atividades empresariais. A minha área específica, no Banco do Brasil, é aquela que diz respeito aos governos federal, estaduais e municipais e, também, os poderes Legislativo e Judiciário. Toda essa área tem as suas negociações, depósitos, fundos, remuneração de fundos, folhas de pagamento com a vice-presidência de Governo. Essa é a vice-presidência que passei a exercer desde a última semana.

Tribuna – A sua indicação para o Banco do Brasil foi uma decisão pessoal da presidente Dilma ou teve alguma interferência do partido?

Borges – Eu recebi o convite da presidente Dilma e, talvez, não tenha falado à imprensa nessa última semana pelo fato de que caberia a ela divulgar a conversa privada que nós tivemos. Não me achei à vontade para divulgar qualquer informação antes que as coisas acontecessem, pois existem algumas precauções pelo Banco do Banco ser uma empresa de economia mista e ter ações na Bolsa de Valores. Foram exatamente esses cuidados que fizeram com que eu não tivesse o prazer de dar uma entrevista, antes, ao nosso querido repórter que está me entrevistando, meu amigo Osvaldo Lyra.

Tribuna – O governador Jaques Wagner deu o aval à ida do senhor para o BB? Ele incentivou um contato do senhor com a presidente Dilma nesse processo?

Borges – Apenas o governador Jaques Wagner, que sempre tem comigo uma relação cordial, independente das posições políticas, poderia lhe responder essa pergunta. Eu não sei se ele teve ou não esse contato com a presidente Dilma. Eu acredito que ele sempre deve ter contato com ela, mas não exatamente tratando desse tema. Eu, na verdade, fui contatado pela própria presidente, que me chamou no Palácio do Planalto, me fez o convite e conversamos demoradamente. Uma conversa muito agradável, e foi assim que aconteceu o fato. Eu não sei se ela fez ou não consultas a quem quer que seja e ao governador Wagner. Eu acho que, pela relação partidária que eles têm, acredito que ela deva participar ao governador, mas é uma dedução, eu não tenho nenhuma convicção sobre isso.

Tribuna – A ida do senhor para o governo federal lhe aproxima do governo Wagner, aqui na Bahia?

Borges – Não há essa relação direta, mas eu não tenho dúvida que, no momento em que eu chegue ao governo federal, a presidente Dilma sendo do partido do governador, sempre vai ter uma conversação. E tem que manter esse diálogo mais permanente do que anteriormente porque o PR era de oposição. Ressalto que toda a imprensa sempre acompanhou, sempre foi uma posição de oposição construtiva e não destrutiva ou contra os interesses da Bahia. Sempre uma oposição procurando somar e externar as preocupações com relação ao destino do Estado. Estando no governo federal, acredito que as nossas relações se estreitam efetivamente.

Tribuna – Qual o caminho que o PR vai tomar? Como o partido vai se posicionar a partir de agora?

Borges – Política é destino, é conversa, nós estamos abertos, não há nenhuma dificuldade em conversar com qualquer setor político da Bahia, sobretudo com o governador Jaques Wagner. Eu tenho mantido essa postura porque eu acho que não devemos ter inimigos políticos, eventualmente podemos ter adversários. Adversários podem compor desde que se ponham em primeiro lugar os interesses públicos e partidários. Eu tenho conversado com todas as forças políticas que têm me procurado para trocar ideias sobre o momento político atual, que é da sucessão municipal dos municípios baianos, com mais destaque para a cidade do Salvador. Eu tenho conversado com vários postulantes a candidatos ou presidentes de partidos. É claro que, entre eles, se encontra o próprio PT, o próprio governador Jaques Wagner. Não há nenhuma dificuldade, eu acho que o tempo do patrulhamento ou do estigma de que você não conversa com A ou com B já foi superado na política baiana.

Tribuna – Acredita que uma decisão do senhor e do PR de aproximar-se do governo estadual vai conseguir levar também os deputados na Assembleia?

Borges – Uma aproximação se dá a partir de um convite, você não se oferece, há um convite. Se houver essa vontade do governo, nós conversaremos normalmente, e qualquer convite, qualquer conversação eu procurarei repassar para os companheiros de partido para tomarmos uma decisão colegiada. Os deputados federais, estaduais, vereadores, prefeitos e companheiros de partido serão todos ouvidos. Mas, eu sei que, para você construir um consenso completo, dentro de um partido, é muito difícil. Nós vamos respeitar posições individuais que eventualmente existam, isso é democrático e procurarei conduzir, assim, qualquer decisão que venha a tomar, dentro do partido, na direção que o partido deva caminhar.

Tribuna – O senhor falou que não houve nenhum tipo de conversa sobre espaços porque o convite ainda não partiu, obviamente, do governo…

Borges – Não chegou a esse nível de conversa. Não posso adiantar nada porque, efetivamente, não existiu esse tipo de conversa.

Tribuna – Como o PR vai se comportar aqui em Salvador?

Borges – Em Salvador, a grande preocupação não é de governo ou oposição, eu acho que essa é uma dicotomia equivocada. O que Salvador tem que ter é um projeto bom, pois a cidade está vivendo um momento difícil. É unanimidade que a cidade precisa de muito apoio, seja do governo estadual ou federal, mas, principalmente, que o próprio município faça o seu papel. O poder público municipal é o condutor, é o responsável maior e não pode transferir a responsabilidade nem para o governo do Estado e nem para o governo federal. Por isso, eu quero ver o melhor projeto para Salvador, aquele que possa somar mais esforços, que possa nos assegurar um futuro que resolva os problemas graves na área da mobilidade urbana, da segurança. É muito bom quando essas esferas todas se juntam em um único projeto para servir à cidade.

Tribuna – Houve quem colocasse o senhor como nome à sucessão. Qual o cenário? O caminho natural é marchar com o candidato do PT, Nelson Pelegrino?

Borges – Eu não diria que há caminho natural. Como eu lhe disse anteriormente, nós conversamos com todas as forças políticas. No próprio PR, nós temos o deputado federal Maurício Trindade, uma pessoa lotada em Salvador e que, também, colocou o seu nome. Em determinado momento, alguns companheiros de partido colocaram também o meu nome. Eu, como ex-governador, ex-senador, ex-secretário de Estado fui candidato a prefeito de Salvador no ano de 2004, indo para o segundo turno em disputa com o atual prefeito e não tendo sucesso, tive o meu nome cogitado em determinado momento. Entretanto, você não é candidato por si próprio, tem que construir uma aliança. Eu acho muito ruim quando o projeto é personalista, é uma questão de dizer: eu sou, eu quero ser. Você não deve se postar assim na vida pública, mas sim através de uma construção. Eu aprendi a fazer política assim, somando, construindo alianças, mas sempre de forma onde o parceiro queira participar dessa aliança e não de forma obrigada. Nessa construção não avançou a possibilidade de o meu nome ser escolhido, e nada mais natural que você tenha a candidatura que o partido decidiu, que é a do deputado Maurício Trindade, desde que se viabilize. Se não, nós vamos ter que construir uma aliança e caminhar para o melhor projeto para Salvador.

Tribuna – Vai ter algum tipo de critério que vai balizar essa escolha? Vai depender das conversas, das negociações entre os partidos?

Borges – Em política você não pode fixar critérios, por exemplo, numéricos, rígidos. Isso não existe. A arte da política é a conversação, é a aglutinação, é você compor unidades. Nós vamos fazer exatamente isso, ver quais são os melhores projetos para Salvador e quem pode, efetivamente, realizar esse projeto em transformações que melhorem toda a vida da cidade.

Tribuna – A oposição desunida, ou seja, essa demonstração de incapacidade de negociar e atingir o consenso, pode ser decisiva para o processo eleitoral deste ano?

Borges – Pode ou não. O que vai realmente mostrar se há um equívoco na condução do processo é o resultado que nós ainda vamos ver. É claro que, marchar unido, quem quer que seja, tem mais chances que marchar desunido. Entretanto, a vontade popular só vai se delinear ao longo do processo, da campanha eleitoral desaguando nas eleições. Eu não posso antecipar o que vai acontecer, mas com certeza, marchar desunido para qualquer agrupamento político, seja governo ou oposição, é ruim, o bom é aglutinar. Eu volto a dizer, sempre aprendi a fazer política aglutinando, você só não aglutina quando não é possível, quando seu projeto não é um projeto que some.

Tribuna – Com a experiência do senhor, um ex-governador, qual o cenário que consegue perceber hoje da movimentação política em Salvador?

Borges – O cenário que eu vejo são as candidaturas que estão aí colocadas. Eu vejo a candidatura apoiada pelo governo do Estado e que, só por essa condição, já é forte porque o discurso sempre será do alinhamento de prefeitura e governo do Estado, discurso esse que sempre adotei. Quando fui governador, fiz parcerias com o prefeito Antonio Imbassahy. Quando fui candidato, usei esse discurso, de que era importante esse alinhamento para ter mais recursos para a cidade e também o alinhamento com o governo federal. A candidatura oriunda do governo estadual, na pessoa do deputado federal Nelson Pelegrino, vai reunir esse tipo de vantagem competitiva. Mas tem a candidatura também, dita de oposição, do deputado federal ACM Neto que carrega uma grife que veio do senador Antonio Carlos Magalhães, que era um líder fortíssimo na Bahia e que tem, claro, sua posição política junto com a população de Salvador. Existem outros candidatos também, o PR tem o deputado federal Maurício Trindade, o PCdoB tem a deputada federal Alice Portugal, o PMDB o ex-prefeito Mário Kertész…

Tribuna – O cenário ainda está indefinido?

Borges – O que eu lhe digo, nesse momento, analisando esse cenário, é que, apesar de estarmos na proximidade das convenções que vão ser realizadas em junho, ainda não há um processo de aglutinação com as candidaturas. O momento é de definição, mas não podemos passar de junho porque é o limite legal. Tudo vai se definir daqui até o final de junho.

Tribuna – A parceria PR/PMDB pode ser reeditada?

Borges – A parceria PR/PMDB se deu na eleição de 2010. Hoje, tudo depende exatamente dos acontecimentos políticos, das conversações, e não há nenhum atrelamento automático, absolutamente. Por isso que eu volto a repetir: nós estamos abertos a conversações, procurando aquele projeto que venha, realmente, aglutinar mais para a cidade do Salvador. Não é uma questão de ser oposição, de ser governo, de gostar de A ou de B, de ter um projeto pessoal ou não. É uma questão que nós todos temos que somar para ver essa cidade em outra situação.

Tribuna – Como o senhor avalia o governo João Henrique?

Borges – Eu acho que o próprio prefeito foi reconhecido em entrevistas recentes que não sabia o tamanho do problema que ia enfrentar. Eu, em 2004, sabia exatamente o tamanho do problema e por isso mesmo tinha, às vezes, noites de insônia quando era candidato porque sabia que o problema de uma cidade com a complexidade de Salvador exige competência, determinação, muita soma de esforços de todos os setores, muita articulação política, muita vivência com a cultura da cidade. Eu acho que, nesses últimos oito anos, realmente, Salvador não chegou ao patamar desejado de uma grande capital, da terceira capital em termos de população que deveria chegar. As questões graves da mobilidade urbana, hoje, todo mundo diz que é impraticável andar em Salvador.

Tribuna – Os serviços públicos não funcionam…

Borges – Você não consegue andar. O tráfego é responsabilidade da Transalvador, qualquer hora do dia você tem problema de deslocamento na cidade e outros problemas como a manutenção das vias públicas, o transporte de massa, que ainda é um problema sem solução. Nós deixamos naquela época, eu e o prefeito Antonio Imbassahy, o início do metrô com 12 quilômetros. Decorridos 10 anos do lançamento do projeto, hoje, o metrô está para entrar em funcionamento com apenas seis quilômetros. Claro que nós não desejamos isso para Salvador, queríamos ver funcionando não só os 12 km, mas que pudessem ser feitas outras linhas, como agora esse projeto com a linha dois do metrô que tem que ser feito.

Tribuna – Qual deverá ser a prioridade da próxima gestão?

Borges – Você não pode nunca escolher uma única prioridade porque existem várias. Não se pode esquecer de forma nenhuma a educação, que é fundamental, a saúde, que está municipalizada e tem que ser cuidada, principalmente naquele atendimento emergencial e rápido nos postos 24 horas da prefeitura. Você tem que pensar em colocar Salvador em outro patamar, nós estamos no século XXI e a questão da mobilidade urbana é fundamental. Salvador é uma cidade que não tem transporte de massa e tem que se resolver esse grave problema e, além disso, você tem que olhar, também, como atender o cidadão para ele recuperar a autoestima, o orgulho pela cidade, os valores culturais, os pontos de atração, não turística, mas pontos culturais que todos nós cultuamos e que sentimos que não estão no estágio que deveriam estar para que Salvador seja essa capital brasileira da cultura, da alegria.

Tribuna – Na visão do senhor, qual foi o maior erro e o maior acerto do governador Jaques Wagner nesses seis anos de governo?

Borges – Eu não quero julgar por erros e acertos. Quem julga o governo é a população e eu estimo, como baiano, que o governador Jaques Wagner acerte cada vez mais. Eu quero ver a Bahia desenvolvendo, crescendo. Por exemplo, a conquista de obras estruturantes como a ferrovia Oeste–Leste eu considero, realmente, uma obra que é muito importante para o nosso Estado. Apenas gostaria de vê-la em um ritmo muito mais veloz do que está sendo tocado, mas é uma obra estruturante que foi conquistada pela relação do governador com o governo federal. É uma obra que corta a Bahia do leste para o oeste e vai trazer muita riqueza para o Estado. Eu acho que, sem sombra de dúvidas, quando essa ferrovia estiver pronta, trazendo os benefícios econômicos para o Estado da Bahia…

Tribuna – Com o tripé do Porto Sul, com o aeroporto…

Borges – Pois é. Todo esse complexo de infraestrutura logística que, aliás, o grande reclame da nação brasileira é ter logística para o escoamento dos produtos para dinamizar a economia. A Fiol eu considero uma grande vitória quando estiver concluída e trazendo benefícios ao povo baiano.

Tribuna – O que fez César Borges desde que perdeu a eleição?

Borges – Quando você fala assim, perder eleição, é como se isso fosse um desastre na vida de alguém…

Tribuna – É um momento…

Borges – Eu acho que, quando você se submete a uma eleição, você está pronto para ganhar ou perder. Só não existe empate, é diferente do jogo de futebol que você ainda pode empatar. Você perdendo uma eleição, tem que voltar à sua vida, aos interesses que estão postos diante de você. Eu voltei para o PR, continuei presidente do partido e ao mesmo tempo eu voltei para as minhas atividades pessoais, privadas, familiares que eu conduzi com muita satisfação, procurando estar à disposição para servir à Bahia ou ao Brasil se assim fosse chamado. Fui chamado agora e estou indo para o Banco do Brasil.

Tribuna – O senhor acha que, naquele momento, houve algum erro de estratégia em decidir por Geddel ao invés de aceitar o convite do governador?

Borges – Você avaliar decisões, olhando para trás, depois dos acontecimentos realizados, fica muito fácil. Poderia ser assim, poderia ser de outra forma. Eu acho que, eu tomei, no momento, a decisão acertada que eu quis tomar, assumo sem dificuldade. Foi um resultado democrático de um processo eleitoral e isso não afeta, absolutamente. O importante não é ganhar ou perder, mas se portar de forma digna diante de uma disputa eleitoral e sair dela como eu saí, com muita tranquilidade. E estar, hoje, como eu estou, com o reconhecimento do povo baiano, do meu trabalho no Senado, do meu trabalho como governador e da própria presidente da República quando me convoca para uma instituição do quilate do Banco do Brasil. Pelas próprias palavras da presidente, no Banco do Brasil ela não colocaria ninguém que não tivesse competência, não tivesse probidade, reconhecimento de uma pessoa que está à altura do desafio de um cargo desses.

Tribuna – O senhor chega para tentar distensionar, inclusive, um problema interno que estava existindo no Banco do Brasil, não é isso?

Borges – Esse problema entre a vice-presidência do Banco do Brasil e a Previ eu conheço através da mídia. Isso deveria ser resolvido porque uma instituição dessa não pode viver tensionada, tem que ser um conjunto trabalhando para dar resultados. Se eu puder contribuir para isso, que é a minha intenção, eu vou fazer o melhor possível pelo Banco do Brasil. Trabalhando assim, estarei fazendo o melhor pelo país também e sempre olhando para a Bahia. Isso eu não abro mão. Estarei no Banco focando a Bahia como a minha relação mais profunda.

Tribuna – Como o senhor avalia os atuais senadores João Durval, Lídice da Mata, Walter Pinheiro?

Borges – Não compete a mim avaliar a atuação nem dos senadores, nem dos deputados como não avaliei a atuação do governador. Quem avalia é a população, eu daria apenas uma opinião pessoal. Eu não vou dar porque acho que não é ético fazer esse tipo de avaliação, o que eu desejo é que os senadores, eleitos democraticamente, façam o melhor, cada um dentro da sua área de responsabilidade.

 Tribuna da Bahia

Colaboraram: Fernanda Chagas e João Arthur Alves

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