O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta nesta segunda-feira (29), influenciado pelo avanço do preço das commodities no mercado internacional, principalmente o petróleo, e pelos dados positivos vindos da economia chinesa.
O índice subiu 2,89%, aos 42.793 pontos. No mês, a alta foi de 5,91%. Em 2016, no entanto, há desvalorização acumulada de 1,28% até aqui.
A China anunciou que a partir da próxima terça-feira (1) haverá um corte de 0,5 ponto percentual no compulsório dos bancos, medida que o banco central do país considera fundamental para a liquidez do sistema financeiro. A instituição já havia declarado na semana passado que uma maior desvalorização do yuan estaria fora de questão.
O Banco de Desenvolvimento da China ainda aprovou hoje um empréstimo de US$ 10 bilhões para a Petrobras, dando impulso às ações da estatal, que fecharam em forte alta. O banco suíço Credit Suisse avaliou a medida como bastante positiva, apontando uma evolução importante na melhora de liquidez da empresa no curto prazo. Itaú e Santander também consideraram o acordo promissor.
Contando ainda com a valorização do preço do petróleo nesta segunda, as ações ordinárias da Petrobras, PETR3, subiram 6,68%, a R$ 7,35. Já os papéis preferenciais da empresacresceram 5,54%, vendidos a R$ 5,14.
Apesar de ter seu rating rebaixado pela agência de classificação de risco Moody’s, a Vale viu suas ações subirem com força no pregão, acompanhando o crescimento da maioria das mineradoras no exterior. O mercado também segue na expectativa de um acordo da empresa com o governo sobre o desastre ambiental da Samarco ocorrido em Mariana (MG), em novembro do ano passado.
As ações ordinárias da Vale, VALE3, subiram 7,36%, a R$ 11,81, enquanto a VALE5, correspondente aos papéis preferenciais, avançaram 5,94%, a R$ 8,56.
A Oi, na outra ponta, registrou a principal baixa no pregão de hoje, caindo cerca de 16%. O fundo de investimentos russo LetterOne desistiu de apoiar a operadora brasileira em seus esforços para se fundir com a Tim.
Maioria das bolsas europeias registra leve avanço
A maioria das bolsas europeias fechou em leve alta hoje, com exceção de Frankfurt, em uma sessão marcada pela decepção com o resultado da reunião do G-20 no fim de semana, pelo fraco indicador de atividade industrial dos Estados Unidos, e por novas medidas de estímulo da China.
Em Londres, o FTSE 100 reverteu as perdas e fechou quase estável, com uma alta de 0,02%, aos 6.097,09 pontos. Em Paris, o CAC 40 subiu 0,90%, com 4.353,55 pontos. Em Madri, o Ibex 35 fechou em alta de 1,34%, aos 8.461,40 pontos. Em Milão, o índice FTSE MIB avançou 0,80%, para 17.623,07 pontos, com uma queda de 5,5% no mês. Em Frankfurt, o Dax recuou 0,19%, para 9.495,40 pontos, pressionado pelo fraco dado de atividade industrial da região de Chicago nos Estados Unidos.
Bolsas asiáticas fecham em baixa nesta segunda-feira
As ações das bolsas chinesas registraram o menor nível no período de 30 dias nesta segunda-feira (29). O índice SSEC, em Xangai, recuou de 2,87%, a 2.687 pontos. O CSI300, que reúne companhias listadas em Xangai e Shenzen, teve baixa de 2,39%, a 2.877 pontos.
O encontro entre ministros da Economia de países do G20, no fim de semana, terminou sem o acerto de ação para estimular o crescimento global. Esse impasse teria motivado o recuo nas principais praças do continente.
Em Tóquio, o índice Nikkei teve desvalorização de 1%, a 16.026 pontos. O índice Hang Seng, em Hong Kong, teve baixa de 1,30%, a 19.111 pontos. Em Seul, o índice Kospi teve queda de 0,18 %, a 1.916 pontos. Em Cingapura, o índice Strais Times registrou alta de 0,65%, a 2.666 pontos.
Dólar fecha em alta e volta a ficar acima do patamar de R$ 4
Após passar a manhã e a tarde em queda, o dólar fechou em alta, após o Banco Central anunciar leilão de linha para esta tarde e a China cortar a taxa de compulsório.
A moeda norte-americana subiu 0,15% frente ao real, vendida a R$ 4,0035. Em fevereiro, houve queda de 0,52%. No ano, há valorização acumulada de 1,41%.
Jornal do Brasil






