Brasil perde em “caldeirão polonês” e se complica no Mundial de vôlei

O caldeirão polonês feito nesta terça-feira na Atlas Arena, em Lodz, complicou muito a vida brasileira no Mundial Masculino de Vôlei. A derrota por 3 sets a 2 (25-22, 22-25,14-25, 25-18 e 17-15) para os anfitriões agora obriga uma vitória contra a Rússia, na quarta, e também a dependência de outro resultado.

O revés veio em uma jogada polêmica. Quando o jogo estava 16 a 15 para os poloneses, o árbitro chegou a dar ponto brasileiro que rendeu o empate. Depois, voltou atrás e deu toque de Sidão no bloqueio brasileiro, o que gerou a revolta de todo o time e comissão técnica. Demorou para as duas equipes saírem de quadra.

Os frenéticos fãs poloneses cantaram e gritaram durante toda a partida. Os saques brasileiros eram vaiados, e a cada ponto do time vermelho e branco faziam um barulho ensurdecedor. Palmas, buzinas, mosaicos, músicas, bandeiras, mascotes, cheerleaders.

Agora, o Brasil depende de uma vitória sobre a Rússia para continuar vivo no Mundial. Se perder, está fora. Ainda com o possível triunfo não estará garantido, vide que terá que esperar o resultado de Polônia x Rússia, na quinta, para saber como fica a situação. Apenas os dois melhores avançam.

O Brasil foi o único time que nas duas primeiras fases venceu suas nove partidas. Mas isso de nada adianta neste triangular final, já que os critérios de desempate de vitórias, set average e pontos se resumem somente à terceira fase. A primeira derrota na competição veio com um sabor pra lá de amargo.

A equipe sentiu demais a falta de Murilo, que foi desfalque em função de uma lesão na virilha. O ponteiro é vinha sendo destaque nos passes, fundamento no qual a equipe errou demais nesta terça.

Fases do jogo:

O Brasil começou ligadíssimo e não deu a menor bola pro barulho e caldeirão polonês. Bruninho começou apostando nas chamadas bolas de segurança, com Lucarelli e Lucão quando o time polonês sacava, e ambas funcionavam. Em uma sequência de saques de Leandro Vissotto, o time polonês errou e alguns bloqueios funcionaram, e o Brasil abriu 7 a 3. Tudo ia bem até a vantagem de 15 a 10. Mas, depois de bons saques poloneses, os brasileiros se complicaram na recepção e não conseguiam construir boas jogadas. Paravam no bloqueio ou erravam passes que nem chegavam a gerar o ataque. O jogo foi para 15 a 15, e a partir dali a torcida pareceu pesar. O saque brasileiro parou de entrar, enquanto a defesa tinha dificuldade na recepção dos serviços poloneses, que estavam todos entrando. Depois de uma sequência de erros, o Brasil pareceu sentir o golpe. Os poloneses cresceram moralmente até fechar a partida.

O Brasil deixou a apatia do final do primeiro set no vestiário. Bem mais ligada, errava menos passes e parecia mais rápida na distribuição das jogadas. Lipe começou a aparecer muito bem no ataque, e Vissotto reconquistou confiança após errar muito no primeiro set. Com uma defesa regular, e um ataque potente, os brasileiros abriram 14 a 9. Na base da empolgação com as boas sequências de saque, a Polônia encostou em um ponto no 21 a 20. Explorava, sobretudo, o dia ruim de Lipe na recepção. Mas, desta vez, os brasileiros mantiveram a cabeça no lugar e contaram com um pouco de sorte em erro de saque polonês para fechar em 25 a 22.

No terceiro set, a Polônia continuava arriscando saques de maneira kamikaze. Mas o índice de acertos diminuiu muito. Muitas bolas na rede, e em alguns momentos a falta de confiança os fazia sacar mais fraco. Com bolas fáceis, o Brasil deitava e rolava. Mesmo errando seus saques forçados, o Brasil ia muito bem no ataque. Lipe se recuperou dos erros de passe e acertou muitas bolas de ataque, e o Brasil abriu 13 a 6. O time de Bernardinho fazia pontos de todas as maneiras e passeava. A fragilidade polonesa não resistiu e levou um 25 a 14.

A Polônia voltou dando mais trabalho no quarto. Equilibrou a partida desde o começo e arriscava um pouco menos no começo. Ninguém abriu dois pontos até o 15º ponto, quando o time da casa fez 15 a 13. O Brasil passou a adotar uma postura mais conservadora no saque e não forçava mais. Com moral alta, os poloneses atacavam fácil. O Brasil se desconcentrou e mais uma vez foi freado na base da empolgação dos donos da casa.  Os anfitriões levaram o jogo para o tie-break.

O quinto já tinha um Brasil perdido psicologicamente. Lento, sem poder de reação e apático, viu a Polônia abrir 7 a 2. Depois disso, os donos da casa não tiraram o pé em nenhum momento e impuseram a primeira derrota brasileira.

O melhor: Wlazly. Imparável no ataque. Foi a maior dor de cabeça brasileira, de forma disparada. Foi quem incendiou a torcida com suas bolas pra lá de eficientes.

O pior: Winiarski. A principal arma polonesa decepcionou na partida e pontuou muito pouco. Não foi efetivo quando acionado.

Toque dos técnicos:

No primeiro set, o Brasil chegou a abrir 15 a 10, mas após Vissotto ser bloqueado, a diferença foi pra 15 a 13. Bernardinho não hesitou em pedir tempo pela primeira em uma partida que seguia tranquila. Logo na sequência, trocou duplamente e colocou Raphael e Wallace nas vagas de Bruninho e Vissotto. Naquele momento, de nada adiantou taticamente. O Brasil parecia assustado com a reação dos rivais e nada fazia.

O técnico tentou por diversas vezes motivar a equipe na base do grito e substituições, mas as baixas brasileiras no jogo eram muito fortes, rendendo muitos pontos seguidos aos donos da casa.

Pra lembrar:

Murilo, que sofreu uma fisgada na coxa direita, não pôde atuar nesta terça-feira. O ponteiro pode não encarar a Rússia, na quarta. “Eu estou bem chateado, para ser sincero. Todo mundo pode imaginar a situação. A Seleção está imvicta, fiz nove jogos e na fase mais importante não vou poder ajudar hoje. Hoje, não cosnigo jogar. Fiz teste de manhã, está difícil saltar, incomoda. Sensação que o músculo vai rasgar. O combinado com o departamento médico é avaliar dia após dia. Amanhã tem outro jogo importante. De manhã, vou tentar de novo, se não der amanhã, se Deus quiser vai dar para semi ou final”, falou ao Sportv antes do jogo.

Fonte: Uol Esportes

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