As exportações brasileiras de soja em grãos no primeiro semestre deste ano atingiram o recorde de 26,17 milhões de toneladas, volume 12% superior ao embarcado em igual período do ano passado. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a receita gerada pela matéria-prima entre janeiro e junho chegou a R$ 13,85 bilhões, um aumento de quase 16% em relação ao mesmo período do ano passado.
O bom desempenho das exportações no primeiro semestre também pode ser creditado à recuperação do ritmo de escoamento entre abril e junho – em apenas três meses, o país embarcou quase 22 milhões de toneladas do grão.
A queda dos preços internacionais da soja em 2013 ainda não afetou o comércio exterior do agronegócio, uma vez que a maior parte da produção já havia sido comercializada até setembro do ano passado.
Desse modo, o Brasil já realizou quase 70% da receita e do volume previstos para toda a temporada. Esse percentual é ainda maior se considerada a projeção de exportação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 36,8 milhões de toneladas.
Na contramão das exportações de soja, as vendas de derivados registraram forte queda no primeiro semestre. No período, a receita total com os embarques de farelo e óleo caiu 12%, para US$ 3,44 bilhões. Já o volume somou pouco mais de 6,35 milhões de toneladas, queda de 22%.
Em 2013, as exportações de farelo devem somar cerca de US$ 6,4 bilhões, queda de 3,1% ante 2012. As de óleo devem cair ainda mais, 18,9%, a US$ 1,68 bilhão. Desse modo, a receita total com a exportação de derivados é projetada em US$ 8,07 bilhão, o que corresponde a 28,6% da receita esperada para todo o complexo soja (US$ 28,35 bilhões). No ano passado, os derivados renderam ao país US$ 8,66 bilhões, cerca de 33% das exportações do complexo.
Nordeste Rural