A Caixa Econômica Federal anunciou ontem que as taxas de juros de suas linhas de crédito imobiliário, com recursos da poupança, terão nova redução.
Esse é o terceiro corte de juros das linhas de crédito para compra da casa própria neste ano, e o segundo no mês de outubro. A primeira redução deste mês foi anunciada no dia 8. As novas taxas terão validade para novos contratos, fechados a partir de 6 de novembro.
A redução se aplica a créditos com saldo devedor atualizado pela taxa referencial (TR) no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e, também, do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).
De acordo com o banco, a taxa efetiva mínima para imóveis residenciais será de 6,75% ao ano e a máxima será de 8,5% ao ano, mais a taxa referencial. As taxas anteriores variavam de 7,5% a 9,5% ao ano, mais TR.
Na linha com correção da inflação, a taxa continua entre 2,95% e 4,95% ao ano, mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esses valores não foram alterados nesta semana.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, informou que o banco é o primeiro no Brasil a operar com custo efetivo total abaixo de 7% ao ano. Ele disse ainda que essa taxa de juros possui custos inferiores ao Minha Casa Minha Vida, na faixa 3 (população de renda mais alta, para famílias com renda bruta de até R$ 7 mil)
O presidente da instituição financeira acrescentou que, mais importante do que olhar para a taxa básica de juros, atualmente em 5,5% ao ano (podendo recuar para 5% ao ano fim desta quarta-feira), é atentar para os juros futuros.
“Fizemos uma comparação matemática com o que houve de redução de 31 de dezembro até hoje [na curva de juros futura]. Ao redor de 23%, redução que também fizemos na linha de TR. Chegamos de 8,5% a 6,75% [ao ano]. Acreditamos que essas taxas são totalmente sustentáveis do ponto de vista matemático, temos convicção que vão gerar mais demanda”, afirmou ele.
Os clientes da Caixa que têm operações de crédito imobiliário com juros mais caros não podem migrar para as taxas menores, anunciadas nesta quarta-feira, informou o vice-presidente de Habitação da Caixa, Jair Mahl.
Por: Alexandro Martello, G1 — Brasília