Ação lançada neste mês por duas associações que representam a indústria (Interfarma) e o comércio (Abrafarma) de remédios quer pressionar o governo a reduzir os impostos e, consequentemente, o preço dos produtos no país. Segundo as entidades, o Brasil é um dos campeões de impostos sobre medicamentos, com uma carga tributária de 34%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação. O valor arrecadado pelo Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) é a maior parte desse percentual. Em países como Portugal, Suíça e Holanda, os medicamentos são tributados em, no máximo, 10%, segundo as associações. “Não faz sentido que remédio pague mais impostos que biquíni ou urso de pelúcia”, critica o presidente da Interfarma, Antônio Britto. A campanha coleta adesões por meio de abaixo-assinados disponíveis em cerca de seis mil farmácias do país. A iniciativa já conseguiu mais de dois milhões de assinaturas desde o lançamento. Procurado pela reportagem, o Ministério da Fazenda afirmou que não estão previstos novos cortes de impostos, mas não se manifestou sobre a diferença entre a carga tributária dos remédios e a de outros produtos. Informações da Folha.
BN