O pente-fino anunciado em 2016 pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) em benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez tem gerado revolta em quem depende da pensão e não tem outra forma de sustento. Por este motivo, membros do Grupo de Amigos de Pessoas com Deficiência, Idosos, Crianças e Adolescentes (Gapdica) protestaram, na manhã desta terça-feira, 8, em frente à Defensoria Pública da União (DPU).
De acordo com o presidente da associação, Reinaldo Moura, cerca de 300 pessoas do grupo tiveram pensões de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez cancelados.
Para ele, as análises realizadas pelo INSS não são bem-feitas. “Eles nem olham o relatório direito e suspendem o benefício. Não levam em conta a situação da pessoa”, denuncia.
Desde janeiro deste ano, em Salvador, a DPU entrou com 800 processos contra o INSS. De acordo com o defensor público Bruno Lage, que atendeu os manifestantes, do total de ações deste ano, cerca de metade é referente a benefícios de auxílio-doença e invalidez que foram suspensos.
No País, até 31 de janeiro deste ano, 201.674 benefícios de auxílio-doença e invalidez foram cancelados, de acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS).
Revisão
Acaba nesta quarta, 9, o prazo para o agendamento da perícia para revisão do benefício. Quem não atender a convocação ou não comparecer na data agendada terá o benefício suspenso. A marcação pode ser feita por meio do número 135.
A Tarde




