O novo presidente tomou posse logo após a eleição na Assembleia, que em 2017 tem orçamento previsto de R$ 519 milhões, sendo R$ 29 milhões a mais que no ano passado. A casa tem, atualmente, cerca de 2.800 funcionários.
Além de deputado, Coronel é empresário e tem formação em engenharia civil pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Ele nasceu em maio de 1958, no município baiano de Coração de Maria, onde já foi prefeito de 1989 a 1992. Atualmente, está no sexto mandato como deputado estadual.
Além do presidente, a nova Mesa Diretora é composta por quatro vices e quatro secretários. Além de Coronel, foram eleitos Luiz Augusto (PP), para a 1ª vice-presidência,
Carlos Geilson (PSDB), para a 2ª vice-presidência, Alex Lima (PTN), para a 3ª vice-presidência, Manassés (PSL), para a 4ª vice-presidência, Sandro Régis (DEM), para a 1ª secretaria, Aderbal Caldas (PP), para a 2ª secretaria, Fabrício Falcão (PCdoB), para 3ª secretaria, e Luciano Simões Jr. (PMDB), para a 4ª secretaria.
A votação se deu através de chamada nominal (em ordem alfabética) dos votantes para os nove cargos. As votações para as quatro vice-presidências e as quatro secretarias foram as primeiras a serem realizadas, seguidas da votação para presidente, última a ocorrer.
Após o final dos votos dos deputados, a apuração teve início, por volta das 18h, por uma comissão instituída por Marcelo Nilo, que comandou a votação. Ao final, foi realizada a convocação do Legislativo para a sessão solene de reabertura dos trabalhos, já com o novo presidente, na manhã de quinta-feira, às 10h, que deverá contar com a presença do governador Rui Costa.
O governador já havia parabenizado Coronel pela eleição um dia antes da votação, após saber da desistência dos concorrentes à presidência da Alba. “Além de parabenizá-lo pela eleição, aproveitei para desejar tranquilidade e sabedoria para manter a base aliada unida ao assumir a presidência da Assembleia Legislativa. Eram três pré-candidatos, todos da base aliada”, postou Rui, em sua perfil no Facebook.
Marcelo Nilo anunciou a desistência da reeleição na noite de terça-feira. Ele afirmou que decidiu não disputar pela sexta vez o cargo depois de avaliar a conjuntura política.
“Eu teria dez votos na oposição, mas nove deputados me deixaram, inclusive um partido como o PCdoB, que tem 84 anos de história, me deixou na véspera. Então, eu não criei as condições objetivas para continuar com a minha candidatura. Eu perdi o coração da minha campanha. O PCdoB, que participou de um almoço me apoiando, deixou na véspera, aí realmente é uma surpresa. Foi uma pressão durante esses oito dias entre os parlamentares terrível, porque muitos que estavam comigo eu sabia que não estavam. Mas eu tinha que realmente aceitar essa decisão. Muitos tiveram a coragem de me dizer, outros tiveram a coragem de trabalhar e esconder, mas isso para mim é passado”, destacou Nilo, em entrevista à TV Bahia.
Nilo disse, ainda, que não se sente traído, mas surpreso. “Traição é uma palavra muito forte. Eu me sinto surpreso pelo PCdoB, mas traído não. Eu cumpri com o meu papel. Saio sem mágoas. Pelo contrário, saio feliz. Nunca um deputado chegou a ser duas vezes presidente e concluir o mandato. Eu estou concluindo dez anos sem nenhuma denúncia de irregularidade, tanto na parte legislativa quanto na parte parlamentar. Portanto, eu diria que sou um homem feliz. Não me sinto derrotado. Pelo contrário, me sinto vencedor”, destacou.
O governador Rui Costa também usou seu perfil no Facebool para falar sobre a decisão de Nilo. “Aproveito esta oportunidade para parabenizar o deputado Marcelo Nilo pelo posicionamento firme e corajoso de renunciar em nome da unidade política. A gestão eficiente do atual presidente merece nosso reconhecimento. A harmonia entre os poderes constituídos e o respeito à independência do legislativo continuarão prevalecendo”, escreveu.



