O governo paulista lançou na manhã desta quinta-feira (9) o cartão Recomeço, para o pagamento de clínicas especializadas na recuperação de usuários de drogas. O cartão terá um crédito de R$ 1.350 mensais para o pagamento dos abrigos e unidades terapêuticas. As famílias dos viciados poderão escolher em que unidade eles serão internados. O benefício começar a será distribuído em 60 dias. Segundo o governo estadual, o cartão Recomeço custará R$ 4 milhões mensais com o projeto. Ele terá validade de 180 dias – o governo ainda não informou se poderá ser renovável. De acordo com o governo estadual, esse tempo é considerado adequado para recuperação de especialistas. O benefício será direcionado a maiores de 18 anos. “[A droga] É uma doença crônica, reincidente. Não pode-se achar que vai curar em 45 dias”, disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele informou que o edital para selecionar as clínicas que serão credenciadas será lançado na semana que vem. O edital para as clínicas se credenciarem deve ser lançado nos próximos dias pelo governo. Clínicas em 11 cidades poderão participar: Diadema, Sorocaba, Campinas, Bauru, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, São José dos Campos, Osasco, Santos e Mogi das Cruzes. As cidades foram escolhidas de acordo com o tamanho da rede de referência em assistência social e saúde e a localização nas regiões polo.
A ideia do programa é conceder um cartão para os dependentes que aceitarem o tratamento voluntariamente. Ao apresentar o cartão nessas unidades, o usuário receberá o tratamento e o dinheiro será repassado do governo de São Paulo diretamente para a clínica credenciada. Inicialmente, serão atendidos 3 mil dependentes químicos.
Há cerca de um ano, a Prefeitura de São Paulo e o governo estadual intensificaram as ações contra o crack no Centro da capital paulista, na chamada Cracolândia. O Programa de Enfrentamento ao Crack na cidade foi lançado em janeiro pelo governador.
Segundo o coordenador do Programa Recomeço, o professor Ronaldo Laranjeiras, o programa de enfrentamento ao crack de São Paulo é mais bem definido que em países avançados. “Ainda falta bastante, ainda temos muito o que fazer, mas temos um eixo”, disse. Segundo ele, São Paulo serve de modelo para o paí no combate as drogas. Laranjeiras é professor da Unifesp especialista em álcool e drogas.(G1)