Num momento em que todos os holofotes mundiais estão voltados para o Brasil, por conta da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016, nada mais oportuno do que garantir a “cara” de um país mais liberal – afinal, o país precisa estar aberto a todos os públicos que pretendem gastar seus dólares e euros no país, independente de religião, nacionalidade ou orientação sexual.
Alheio a todas as críticas quanto aos imensos gastos que poderiam ser revertidos para outros fins sociais – como melhoria das condições na educação e saúde no país, talvez evitando algumas greves e paralisações atuais – os eventos desportivos que acontecerão no Brasil já estão gerando efeitos positivos.
Na terça (25), em uma decisão inédita, o Supremo Tribunal de Justiça reconheceu o casamento civil homossexual de duas mulheres do Rio Grande do Sul que haviam requerido em cartório a habilitação para o casamento. Detalhe: quatro dos cinco ministros do STJ votaram favoravelmente ao casamento. Apenas Raul Araújo manifestou-se contrariamente – pra representar os 20% da massa de oposição, claro.
Depois do reconhecimento da união estável entre casais homoafetivos, em maio deste ano, esta foi a maior conquista legal que a classe gay obteve. Lógico que ainda há um longo caminho a percorrer para que o direito seja estendido aos milhões de brasileiros gays que desejam ter o direito de casar legalmente, mas que esta precedência já abra espaço para uma perspectiva otimista na luta contra a homofobia.
Seja para consolidar os direitos do público gay ou apenas para dar a “cara” de um Brasil mais liberal, a decisão do STJ já é um bom motivo para se comemorar.
Da Redação
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