A paralisação nacional dos trabalhadores em andamento nesta quinta-feira (11) deverá funcionar como um “termômetro” para avaliar até que ponto o governo estaria disposto a negociar com os sindicatos. Com um estilo de gestão diferente do ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff é alvo frequente de reclamações de lideranças sindicais por não dar ouvidos às reivindicações das classes. Os trabalhadores cruzam os braços munidos de uma pauta comum. Os temas variam desde a reforma agrária ao fim do fator previdenciário, e passa pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. O ato, convocado pelas centrais sindicais e batizado de “Dia Nacional de Lutas”, ocorre na esteira dos protestos que tomaram conta do país no mês passado e levaram à construção de uma “agenda positiva” por parte do governo, preocupado com as cobranças das ruas. De acordo com reportagem da BBC Brasil, apesar de agir por “oportunismo”, lideranças sindicais reconheceram que as manifestações criaram um ambiente favorável para a luta por seus pleitos. Embora tenham definido uma pauta única, as entidades divergem quanto à defesa de outros pontos, como o plebiscito e a reforma política, que terminaram não incluídos na agenda comum.
(BN)