Um centro de pesquisa onde as maiores instituições do norte da Bahia estarão congregadas para o desenvolvimento tecnológico e sustentável do semiárido. Essa é a proposta do Centro de Biotecnologia do Semiárido, um projeto da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia – SECTI que reunirá projetos desenvolvidos na EMBRAPA Semiárido, Universidade Estadual da Bahia – UNEB, Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF e na Biofábrica Moscamed Brasil.
Na terça-feira, dia 30, a diretoria da Moscamed e técnicos das entidades citadas reuniram-se com o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia – SECTI, Paulo Câmera, para apresentar as propostas para implantação do centro que terá como sede a Biofábrica, localizada em Juazeiro, interior da Bahia.
“Apresentamos para o secretário uma discussão dos projetos que teriam interesse para o Vale do São Francisco e semiárido brasileiro na área de biotecnologia e que poderiam ser desenvolvidos no Centro. Os projetos serão submetidos à secretaria para uma análise de quais serão financiados pela SECTI”, explicou o diretor presidente da Moscamed, Aldo Malavasi.
Escolhida como potencial local de construção do Centro de Biotecnologia, a Moscamed desenvolve dois projetos com repercussão no Brasil e no exterior: um na área de controle biológico e supressão populacional de Moscas das Frutas, praga que ataca a agricultura irrigada e o outro no controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus Dengue. A Biofábrica foi inaugurada em 2005 e possui 60.000 m² de área total com galpões, laboratórios e espaço administrativo, destes 30.000 m² de terreno estão sendo disponibilizados para a construção do centro.
“A SECTI já é uma grande parceira da Moscamed junto com a Secretaria de Saúde da Bahia no desenvolvimento do Projeto Aedes Transgênico – PAT, que propõe a supressão populacional do Aedes aegypti, mosquito transmissor do vírus dengue. Em parceria com a EMBRAPA, UNIVASF, FAPESB, USP, Ministério da Agricultura entre outras instituições de pesquisa desenvolvemos também o Programa de Controle e Armadilhamento de Mosca-das-frutas – PAC, praga que ataca as frutas e prejudica a comercialização e exportação dos produtos”, acrescentou Malavasi.
Mais de 20 linhas de pesquisa serão apreciadas pela SECTI para análise com o propósito de financiamento. De acordo com o Secretário de Ciência e Tecnologia da Bahia, Paulo Câmara, o Governo da Bahia busca aproximação com o interior especialmente o semiárido, nas áreas que já detém o conhecimento cientifico. “Juazeiro é um polo de cultura científica que existe de forma diversificada com essas quatro grandes instituições e o Governo entendeu que é necessário aglutinar esse conhecimento para que possamos desenvolver alternativas para o semiárido”, salientou.
Outra reunião está sendo agendada sem data confirmada, onde as entidades discutirão os projetos a serem encaminhados para a SECTI. “O próximo passo é aprovar os projetos em nível de secretaria para que as discussões em torno da construção do centro e a forma de transferência de recursos, sejam efetivadas”, finalizou o diretor presidente da Moscamed, Dr. Aldo Malavasi. Segundo Malavasi, outra reunião será confirmada para definir os projetos que serão apreciados pela SECTI.
Além da Diretoria da Moscamed representada por Aldo Malavasi e Jair Virgínio, e o Secretário de Ciência Tecnologia e Inovação da Bahia, Paulo Câmara acompanhado do engenheiro responsável da SECTI José Henrique Oliveira, estavam presentes à reunião o Pró-reitor de Pesquisa e Pós Graduação da UNIVASF, Dr. Mateus Matiuzzi, o Coordenador de Pós Graduação da UNEB, Prof. Manoel Abilio acompanhado de três pesquisadores da UNEB e o Chefe Geral da EMBRAPA Semiárido, Dr. Natoniel Franklin de Melo.
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