A taxa de juros do cheque especial atingiu em novembro o maior nível desde fevereiro de 2005, ao passar de 8,21% em outubro para 8,41% mensais, como indica a Pesquisa de Juros da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Com o reajuste, a taxa média anual do cheque especial já chega a 163,53%.
A pesquisa mostra que, depois de três reduções consecutivas, as taxas de juros das operações de crédito voltaram a subir em novembro. Das seis linhas de crédito para pessoa física pesquisadas, apenas uma, a de cartão de crédito rotativo, se manteve estável. Mesmo assim, é a maior taxa cobrada desde junho de 2000. O restante teve em novembro elevação média de 0,07 ponto porcentual ante outubro. A taxa média geral dos empréstimos para pessoa física cobrada por ano atingiu em novembro 117,02%, informou a Anefac. A taxa média mensal ficou em 6,67%, a maior desde setembro deste ano.
Os juros do comércio subiram 0,02 ponto porcentual, para 5,46% ao mês; taxas de crédito direto ao consumidor nos bancos avançaram 0,04 ponto porcentual (para 2,20% mensais); empréstimo pessoal de bancos registrou alta de 0,08 ponto porcentual (para 4,39% ao mês); e empréstimo pessoal de financeiras subiu 0,12 ponto porcentual (para 8,88% mensais). As outras duas linhas para pessoa física são a do cheque especial e a do cartão de crédito.
Para pessoas jurídicas, as três linhas de crédito pesquisadas tiveram as taxas reajustadas em novembro ante outubro, em média de 0,1 ponto porcentual, chegando a uma taxa média mensal de 3 99%, a maior desde julho. Conta garantida apresentou aumento de 0,17 ponto porcentual, indo para 6,17% ao mês; desconto de duplicatas teve os juros reajustados em 0,13 ponto porcentual, para 3,14% mensais; e capital de giro apresentou reajuste nas taxas de 0,02 ponto porcentual, para 2,67% ao mês. Com os reajustes, as taxas anuais subiram para 105,13%, 44,92% e 37,19% respectivamente.