Os produtores baianos começaram a respirar aliviados com o início das chuvas que caem no estado desde a primeira semana deste mês. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), a situação já está normalizada em dois terços do estado, onde estão concentrados 80% do gado. A pecuária local foi a atividade mais afetada pela estiagem em todo o semiárido nordestino. Na Bahia, segundo João Martins, presidente da Faeb e vice presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ainda não é possível estimar as perdas. Segundo ele, em alguns municípios os produtores perderam todos os animais. Os produtores de Jacobina, por exemplo, perderam metade do rebanho que morreu ou foi vendido a preços muito inferiores aos de mercado. “Alguns produtores venderam uma vaca por R$ 600. [O preço poderia ultrapassar os R$ 2 mil por animal em boas condições]. Nossa primeira análise de prejuízo ainda não foi contabilizada. Só saberemos o volume de perdas quando as chuvas continuarem e a situação ficar estável”, disse ele. João Martins garantiu que as pressões por mais alimentos e água já são menores. Mas, ainda que as chuvas permaneçam frequentes, os impactos deixados pela seca ainda vão produtir efeitos por mais alguns meses. Com a debilidade de muitos animais, a expectativa é que a taxa de natalidade do rebanho caia, por exemplo. Os fruticultores também calculam perdas significativas. No Vale do Paraguaçu, produtores de limão e de outras frutas tiveram que desligar totalmente as bombas de captação de água. Segundo Mozar de Araújo Salvador, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o período chuvoso não será uniforme em todo o semiárido.
Chuvas amenizam situação de produtores baianos
Na Bahia, segundo João Martins, presidente da Faeb e vice presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ainda não é possível estimar as perdas.