Os produtores de uva e manga do Vale do São Francisco, já contabilizam prejuízos que ultrapassam os R$ 100 milhões com as fortes chuvas que vem caindo na região desde o mês de dezembro do ano passado.
Em Petrolina, um dos municípios de maior produção agrícola do Vale, foram registradas precipitações mais intensas e de maior volume nos meses de janeiro e agora, em fevereiro, superando as médias pluviométricas da região com um acumulado de 322,2 milímetros, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), que considerou este volume o maior já registrado desde 2004. Em alguns lugares do município, a exemplo do projeto de irrigação Senador Nilo Coelho, os produtores chegaram a registrar até 500 milímetros neste mesmo período.
Segundo o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira, o excesso de chuva nos pomares, que recebem água controlada através de sistemas de irrigação, já provocou a perda de aproximadamente 40 mil toneladas de frutas em fase de colheita.
“O problema é mais grave nos parreirais de uvas com o apodrecimento das frutas e o aumento de doenças a exemplo do míldio e outros fungos para as uvas e antracnose para mangas, além das perdas pelo excesso de abortamento e comprometimento da floração”, ressaltou.
O presidente acrescentou ainda que, os produtores de manga também reclamam que as chuvas alteram a fitossanidade da fruta comprometendo o desenvolvimento vegetativo e a floração, diminuindo significativamente os índices de produtividade dos pomares.
“Caso se confirme precipitações com a mesma intensidade, as chuvas podem comprometer significativamente a safra 2024.1, com enormes prejuízos atuais e para a safra do segundo semestre”, concluiu. O SPR criou um grupo técnico para acompanhamento das chuvas e vem monitorando os tratos culturais nos pomares, visando minimizar as perdas.
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