A remoção de cerca de 5 mil famílias que moram em áreas de risco em Salvador é a principal prioridade para evitar novas vítimas da chuva em Salvador, alertou o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, em reunião com a bancada baiana do PT, em Brasília, nesta terça-feira (26).
Segundo ele, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) prevê mais chuvas fortes em Salvador em junho. “Aquilo é uma bomba-relógio: moradia inadequada em lugar inadequado. Vamos ter de tirar as famílias o quanto antes se não queremos ter mais vítimas fatais”, afirmou.
O deputado Jorge Solla (PT-BA), que requisitou a audiência, ponderou necessidade de dar às famílias desabrigadas ou que moram em áreas de risco o auxílio emergencial e opções de moradia. “Já conversei com o governador Rui Costa e há um esforço de encontrar terrenos que possam ser desapropriados para que se construa moradia pelo Minha Casa, Minha Vida. Se não houver alternativa, as pessoas voltarão depois das chuvas para o mesmo local e o ciclo de desastres se repetirá no próximo ano”, disse.
Segundo Occhi, a Defesa Civil Nacional já auxilia com a disponibilização de cestas básicas, agasalhos, colchões, água potável e kit limpeza. Para realocar os desabrigados, a Caixa Econômica Federal – responsável pelo MCMV – já colocou à disposição 100 imóveis prontos para morar, além de assegurar verbas para a construção de novas habitações em terrenos cedidos pelo Estado.
Nesta ação conjunta entre os entes públicos, o governo do Estado se dispôs a ajudar a prefeitura no cadastramento de todas as famílias desalojadas ou em área de risco, para realizar a devida remoção e dar a assistência às vítimas. A prefeitura já possui 1,7 mil cadastrados que recebem o auxílio-aluguel, mas a estimativa do Estado é de que há ao menos mais 3 mil famílias morando em áreas de risco e que precisam ser removidas.
O general Adriano Pereira, secretário Nacional de Defesa Civil, destacou a necessidade de campanhas informativas e visitas às residências de risco. “Na região serrana do Rio, as pessoas são alertadas e saem de casa porque já foram instruídas em que colégio ou centro comunitário terão abrigo e o Exército já fica pronto para ajudar, ficam todos preparados para isso”, completou.