A ação de uma molécula inflamatória na mesma área do cérebro que controla o crescimento, a reprodução e o metabolismo é responsável por provocar também o processo de envelhecimento, afirma um estudo publicado nesta quarta-feira (1°) na revista científica “Nature”.
A descoberta pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos para doenças relacionadas à idade, como Alzheimer e artrite, e ajudar as pessoas a viver mais.
Cientistas da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York, monitoraram a atividade da NF-κB – uma molécula envolvida no processo de inflamação e na resposta corporal ao estresse – no cérebro de ratos.
Eles perceberam que a molécula se torna mais ativa na área cerebral chamada hipotálamo à medida que o animal vai ficando mais velho.
Em testes posteriores, foram injetadas duas substâncias diferentes nos ratos: uma que inibe a ação dessa molécula e outra que estimula sua atividade. Os animais do primeiro grupo viveram mais do que o normal, enquanto os do segundo grupo morreram antes.
Seis meses depois do experimento, os cientistas examinaram a saúde e as habilidades mentais dos ratos. Os que tinham recebido o inibidor da NF-κB se saíram melhor nos testes de cognição e movimentos e mostraram menos perda de força muscular, espessura da pele e massa óssea.
Já os animais que receberam o ativador da molécula tiveram mais declínio relacionado à idade. O resultado foi similar em machos e fêmeas.