Juazeiro recebe a partir da próxima terça-feira (27) o Circuito Popular de Cinema. Promovido pela Diretoria de Espaços Culturais, em parceria com a Diretoria Audiovisual e a Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), o Circuito retorna com o lançamento do projeto Terças na Tela, quando todos os Centros de Cultura da Secult, situados na capital e interior, exibirão filmes e vídeos de diversos formatos e cinematografias às terças-feiras, com sessões às 15h e 19h.
Em Juazeiro o circuito será aberto com a exibição do documentário Clementina de Jesus – Rainha Quelé, na terça-feira, 27 de março, ás 19h, e estende-se durante todos o mês de abril com toda a programação gratuita.
A primeira etapa do evento tem como tema “O Sertão no Cinema”. Os filmes selecionados para este período apresentam a rotina sertaneja da Bahia em distintos momentos históricos e diferentes olhares através das lentes de grandes nomes da sétima arte brasileira. Entre eles estão os filmes “O Grito da Terra”, de Olney São Paulo, “Paixão e Guerra no Sertão de Canudos”, de Antônio Olavo e o curta “A Musa do Cangaço”, de José Umberto Dias, além da animação “Boi Aruá”, de Chico Liberato.
De acordo com o coordenador do Centro de Cultura João Gilberto, João Leopoldo Vargas, este é o segundo ano que Juazeiro recebe o circuito. “É uma grande iniciativa da Secult Ba, que tem como objetivo ampliar o acesso da população à produção audiovisual brasileira, com a exibição de filmes fora do circuito comercial”, enfatiza o gestor.
Rainha Quelé – Clementina de Jesus da Silva (07/02/1902 – 19/07/1987), nasceu em Valença-RJ, filha de escravos libertos pela Lei do Ventre Livre. Pequena mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estudou em colégio de freiras. Foi figura significativa da MPB. Quelé foi descoberta tardiamente, apesar de ser contemporânea a artistas da primeira fase do samba. É uma unanimidade de crítica, deixou um legado de jongos, corimas, partidos e demais expressões regionais de extrema importância para compreender nossa cultura popular. Grava apenas 12 discos, sendo três deles compactos, sozinha ou com outros artistas. Para Lena Frias “o Brasil deve a Hermínio Bello de Carvalho sua descoberta”, isso era final dos anos 1964. Em 1966 é uma das representantes brasileiras no Festival de Arte Negra de Dacar, no Senegal, e no Festival de Cinema de Cannes, na França. Dedica basicamente seu trabalho à pesquisa e resgate de ritmos e temas africanos e da escravidão.
FONTE: http://cafehistoria.ning.com/group/clementinadejesusarainhaquel
Cronograma
Exibições às 15h e às 19h
Semana 1 – 03 de abril
Boi Aruá (BRA, 1984)
Direção: Chico Liberato
Duração: 85 minutos
Classificação: 12 anos
Animação
Semana 2 – 10 de abril
O Grito da Terra (BRA, 1964)
Direção: Olney São Paulo
Duração: 83 minutos
Classificação: 14 anos
Semana 3 – 17 de abril
O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1969), de Glauber Rocha
Duração: 99 min.
Gênero: Ficção
Classificação: 14 anos
Semana 4 – 24 de abril
Paixão e Guerra no Sertão de Canudos (BRA, 1993)
Direção: Antônio Olavo
Documentário
Duração: 98 minutos
Classificação: 12 anos
religiosos e militares.
Curta-metragem
A Musa do Cangaço (BRA, 1982)
Direção: José Umberto Dias
Duração: 15 minutos
Classificação: 12 anos
MOSTRA DE DANÇA – QUARTAS DE ABRIL 2012 / 15hs
11 de abril – Mostra Itinerante de Vídeodança
08 de abril – Mostra Itinerante de Vídeodança
25 de abril – Mostra Itinerante de Vídeodança