A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) criticou nesta sexta-feira (13) a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de legalizar o aborto de fetos com anencefaliae e afirmou que a corte não levou em conta que a responsabilidade de legislar é do Congresso Nacional. Para a entidade, a legalização significa “descartar um ser humano frágil e indefeso”. Em nota enviada à imprensa, a CNBB reafirma que esses fetos não podem ser considerados “mortos cerebrais” e que devem ser protegidos em seus direitos fundamentais. ” Os princípios da ‘inviolabilidade do direito à vida’, da ‘dignidade da pessoa humana’ e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação referem-se tanto à mulher quanto aos fetos anencefálicos. Quando a vida não é respeitada, todos os outros direitos são menosprezados, e rompem-se as relações mais profundas. (…) A ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não aceita exceções. Os fetos anencefálicos, como todos os seres inocentes e frágeis, não podem ser descartados e nem ter seus direitos fundamentais vilipendiados!”, criticou.