Para qualquer jovem de hoje, alforje é mais estanho do que qualquer palavra em inglês, até porque ele está em desuso, mas significa: “saco duplo, fechado nas extremidades e aberto no meio, postando-se a carga equilibrada sobre animais ou no ombro das pessoas”. Serve às vezes, para separar o joio do trigo, o enxuto do molhado, o leve do pesado ou ainda o miúdo do graúdo. Mas, vou usá-lo assim mesmo. Só que usarei como instrumento de separação e/ou união, entre sonhos e realidade, sucesso ou fracasso. Lembrando que sempre o carreguei em meus ombros. Às vezes pesava mais de um lado, me desequilibrando. Ainda bem que esse desequilíbrio era sempre corrigido em tempo, por isso não fiquei muito torto.
Sempre procurei separar o doce do amargo, o quente do frio, o forte do fraco, a esperança do desencanto, o querer do poder, os sonhos da realidade, usando os dois lados do alforje.
Distribui o peso e a medida, sempre considerando os lados:
LADO A – LADO B
Tristeza – Alegria
Satisfação – Amargura
Ateísmo – Fé
Presença – Ausência
Medo – Coragem
Elogio – Crítica
Desculpa – Erro
Dever – Obrigação
Dor – Saudade
Diversidade – Esperança
Êxito – Trabalho
Céu – Família
Felicidade – Filhos
Fracasso – Negação
Correr atrás- Futuro
Gratidão – Bem maior
Imaginação – Fertilidade
Liberdade – Independência
Infidelidade – Pequenez
Limitação – Inveja
Suicídio – Fraqueza
Lágrimas – Perda
Livro – Sucesso
Luxo – Desperdício
Mãe – N. Senhora
Luz – Noite
Odiar – Perigo
Pobreza – Preguiça
Trabalho – Vitória
Enviado por Mario Gomes