O candidato à Presidência da República pelo PSC, Pastor Everaldo, prometeu privatizar todas as empresas públicas possíveis, incluindo a Petrobras, em entrevista ao Jornal Nacional, na Rede Globo, nesta terça-feira (19). Com um discurso conservador, o presidenciável defendeu que a privatização é a única forma de encerrar a corrupção com o dinheiro público. “Com exceção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, vou privatizar tudo, pegar os recursos e levar para saúde e a educação”, afirmou.
Everaldo defendeu que o fato de não ter a experiência política dos adversários não o intimida ou desmerece sua campanha. “Qualquer pessoa que se disponha a ser Presidente da República pode ocupar o cargo. A inexperiência não me assusta, tenho apenas que montar minha equipe. Faço isso no setor privado desde os 17 anos”, disse, antes de defender que apesar de sempre ter se posicionado com os partidos de esquerda, sua ideologia econômica é liberalista e a favor de um estado mínimo. “O discurso da esquerda me cativou por conta da minha origem humilde. Essa proposta era interessante, mas no último governo eu vi que foi estabelecido um aparelhamento do estado o governo que está sufocando o investimento privado”, declarou.
O pastor evangélico, que se limitou a mencionar Deus cinco vezes durante a sua fala, negou que o PSC tenha se vendido em eleições passadas para apoiar o partido que doasse mais para sua campanha ou que a falta de apoio no Poder Legislativo possa prejudicar seu mandato: “Meu exemplo de governo é o de Itamar Franco, por ter assumido em um momento difícil e ter conseguido o apoio de todos e da população”. Everaldo encerrou sua participação reafirmando sua postura conservadora. “Meu compromisso é com a família e com o ser humano desde a sua concepção. Casamento pra mim é entre homem e mulher. Sou contra a legalização das drogas e vou botar ordem na casa”, bradou antes de prometer que, no seu governo, todo trabalhador que ganhe até R$ 5 mil estará isento do imposto de renda.
BN
