A companhia fotográfica Eastman Kodak apresentou seu pedido de concordata a um tribunal de Nova York. É uma tentativa de evitar a falência e reestruturar os negócios. Junto com a concordata, a Kodak pediu um empréstimo de US$ 950 milhões, com prazo de 18 meses, para o Citigroup. A intenção da empresa é usar o dinheiro para quitar suas dívidas e pagar o salário de seus 17 mil funcionários.
Em setembro de 2011, as dívidas da Kodak somavam US$ 6,75 bilhões. A última vez que companhia registrou lucro foi em 2007. “Os diretores e o conselho de administração acreditam unanimemente que esse é um passo necessário e a coisa certa a fazer para o futuro da Kodak”, disse o diretor-executivo Antonio Perez, em um comunicado oficial. Espera-se que a reestruturação da companhia, que envolverá a venda de patentes e ativos para aumentar seus recursos, seja concluída no próximo ano.
Criada em 1888, a Kodak atraía talentos da engenharia de todos os pontos dos Estados Unidos para seu escritório em Rochester, Nova York. Foi responsável pela criação da máquina digital, em 1975, mas não conseguiu lucrar com sua descoberta. Os problemas da companhia começaram na década de 1980, quando outras empresas começaram a disputar o mercado de filmes fotográficos. A partir de então, a Kodak nunca mais teve o prestígio de antes.
Em 2003, a empresa anunciou que pararia de investir em filmes. Em 2009, anunciou que pararia de fabricar o Kodachrome – e o último rolo do filme foi produzido em 2011. Desde 2003, 47 mil funcionários foram dispensados. O valor de mercado da Kodak caiu de US$ 31 bilhões, em 1997, para US$ 150 milhões.