O petista, depois ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff, foi relator do projeto de lei que chegou ao Congresso por iniciativa popular, com apoio de 1,6 milhão de assinaturas. Entre várias mudanças nas regras para inelegibilidade, a proposta estabelecia que condenados em segunda instância por crimes graves não poderiam mais disputar eleições.
Depois da aprovação pelos parlamentares, o texto foi sancionado sem vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em junho daquele ano — é essa lei que hoje pode barrá-lo da disputa presidencial de 2018, caso sua condenação pelo juiz Sergio Moro venha a ser confirmada pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) no julgamento marcado para 24 de janeiro.
O ex-presidente acusa Moro de não ser isento para julgá-lo e contesta as acusações de que teria recebido um apartamento tríplex no Guarujá (SP) em troca da promoção de interesses da empreiteira OAS junto à Petrobras.
Hoje ameaçado pela norma, Lula deu total apoio à Lei da Ficha Limpa em 2010. Antes mesmo da chegada do projeto de iniciativa popular, o então presidente havia encaminhado ao Congresso outro projeto de lei com teor semelhante em fevereiro de 2009, dentro de um pacote de reforma política.






