O computador pessoal se transformou em objeto de desejo para os consumidores. Tanto é assim que, no terceiro trimestre deste ano, o IDC registrou um aumento de 19% nas vendas de PCs em relação ao mesmo período de 2010. Foram 3,7 milhões de unidades comercializadas, sendo que os desktops lideraram, com 52% e, em seguida, os notebooks, com 48%. Para o Natal, o comércio eletrônico está confiantes nos equipamentos de informática. Segundo a e-bit, especializada em análises do comércio eletrônico, os produtos dessa área devem ser os mais procurados pelos consumidores — ao lado dos eletrodomésticos — em compras pela internet.
A escolha ou mesmo a troca de computadores para a maioria das pessoas pode não parecer fácil. Processadores, memórias, HDs, são muitos atributos a serem observados antes de adquirir o PC. No entanto, a primeira dúvida é sempre qual modelo escolher: desktops, notebooks ou os recém-chegados ultrabooks. “O consumidor deve pensar na real função do dispositivo, para que ele será utilizado. O desktop hoje é viável, principalmente, para quem está aprendendo e também usuários avançados por conta da robustez. Já os portáteis são indicados para pessoas e tarefas mais dinâmicas para serem feitas em qualquer lugar”, explica Daniel Nascimento, analista de suporte da Veus Technology, empresa de tecnologia da informação.
Em seguida, é preciso escolher o cérebro do computador: o processador. Para um usuário comum, a escolha desse item é a mais complicada. Afinal, as definições de clock, overclock, dual-core, quad-core e núcleos — características dessas peças — são mais difíceis de entender. Por isso, na hora da compra é importante saber como as empresas posicionam esses dispositivos no mercado. A Intel, por exemplo, tem a família core i3, i5 e i7. A ordem crescente dos números é proporcional ao uso do computador pelo usuário. “O primeiro tem menor custo e indicado para quem usa ferramentas básicas, o i5 tem um funcionamento mais robusto e o i7 voltado para os que querem capacidade superior de processamento”, ressalta Nascimento.
Logo depois, é importante saber quanto de capacidade de armazenamento será utilizado. Os HDs internos podem armazenar mais 2TB de arquivos, o que corresponde a cerca de 500 mil músicas ou 880 horas de vídeo. Claro que nem todo mundo precisa de tanto espaço assim, ainda mais com a popularização da computação em nuvem. Nessa hora, vale pensar para que será usado o computador. Normalmente, para um usuário final, recomenda-se um HD de 500GB a 750GB. Para quem curte games ou faz edição de fotos e imagens, a partir de 1TB.
Considerado o coração do computador, a memória é onde estão as instruções para que os programas que rodam na máquina funcionem. A escolha desse dispositivo para o PC segue o mesmo esquema dos HDs. Se utiliza programas pesados — que exigem da capacidade do computador — ou quando se trabalha com produção e edição de vídeos, o melhor é adquirir um dispositivo com mais capacidade de memória. A recomendação para usuários que estão fora desse estilo é comprar um computador com 4GB a 6GB.