Nestes últimos três anos de governo, especialmente, as constantes intervenções sejam elas nas relações politicas ou econômicas, alardearam uma onda de pessimismo em vários setores da economia e centralmente nas relações governo-mercado.
O PIB, a cada boletim FOCUS realizado por analistas de mercado, e divulgado sempre as segundas pelo BACEN, revisam o crescimento do PIB brasileiro para baixo a cada semana, já são ao total, nove semanas que o mercado diminui a perspectiva de crescimento do produto interno bruto brasileiro.
Em sentido inverso, e na contramão daquilo que a presidente (que está ao que parece mal assessorada) e o ministro da fazenda pregam em discursos eloquentes e publicitários, a inflação galopante ameaça não só o pibinho do Brasil, mas algo há poucos meses atrás inimaginável a eleição presidencial de 2014.
A inflação, por mais que digam que está sob controle, não está! Hoje na ordem de 6,7%, obriga o governo federal a fazer as suas já conhecidas manobras contábeis que dentre outras coisas refutam a confiança do empresariado que escaldado não vê mais horizonte otimistas em curto prazo para investir.
A manobra desta vez é cortar cerca de 15 bilhões do orçamento adotando medidas de austeridade para garantir a inflação na meta estipulada pelo Banco Central, em contra partida, aumenta a possibilidade do PIB crescer por volta de 2%, abaixo dos 3,5%, previsto pela Fazenda e dos 2,31% pelo mercado financeiro.
A confiança da indústria é a menor desde 2009, quando a crise econômica mundial de 2008, realmente fez sentir seus efeitos mais agudos. Os empregos de até dois salários mínimos aumentaram em contra partida os maiores que dois salários foram achatados, sinal claro de incompetência do governo, insegurança dos empresários e desindustrialização brasileira.
Em três anos de governo, não houve equilíbrio entre inflação e crescimento. Não houve transparência e tampouco competência para que houvesse utilização de recursos escassos para as ilimitadas necessidades.
Economia é uma balança de difícil equilíbrio, pois remédios podem ao mesmo tempo trazerem benesses como enfermidades, porém devem ser buscadas alternativas mais sofisticadas para segurar a inflação, sem haver corte de orçamento (aumento da produtividade), ao mesmo tempo em que seja incessante a busca por alternativas que conciliem crescimento econômico acima de 5% (suficiente para corrigir o atraso de 50 anos, segundo a ONU) com inflação no centro da meta de 4,5% (reforma tributária, administrativo).
Hoje a economia necessita mais que discursos publicitários e escalonados, mas também de transparência, mão firme e horizonte uniforme, sem desvios ou trajetos que coloque a credibilidade brasileira sob suspeita.
Leonardo cordeiro.