O governo inglês anunciou que vai passar a registrar toda cirurgia de implante de silicone realizada no país. A medida visa garantir a segurança das pacientes e evitar novos escândalos como o que ocorreu com as próteses PIP (Poly Implant Prothèse), fabricadas na França e que continham silicone de baixo padrão, aumentando a incidência de rompimento. Em 2011, centenas de milhares de mulheres em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, foram surpreendidas com a notícia e obrigadas a se submeter a novas cirurgias para trocar as próteses defeituosas. Na ocasião, também se investigou a ligação entre os implantes PIP e casos de câncer de mama. As autoridades inglesas afirmam que, devido à falta dos registros, não puderam entrar em contato com pacientes que receberam as próteses.
O ministério da Saúde britânico também tem estado atento ao “marketing irresponsável” praticado por algumas empresas. O órgão quer impedir, por exemplo, que companhias ofereçam implantes de silicone como prêmio a mulheres, prática que vem ganhando força no país nos últimos anos. “As pessoas que pensam em fazer uma cirurgia plástica têm de pensar sobre muitas coisas: riscos, expectativas, qualificações do médico, recuperação. Uma cirurgia nunca deve ser anunciada como uma daquelas promoções ‘pague-um-leve-dois”, afirma o presidente da Associação Britânica de Cirurgiões Plásticos, Rajiv Grover. Assim como no Brasil, a indústria de cirurgia plástica vem crescendo no Reino Unido. A previsão é de que o setor fature 3,6 bilhões de libras (R$ 14,4 bilhões) em 2015.








