Os dias de sonhos do Country Clube chegaram ao fim. Atualmente, com aspecto de abandono o clube passa por dias ruins, e pode até ser leiloado, caso não sejam quitadas as dividas trabalhistas e judiciais, que acumularam ao longo dos anos, um tormento enfrentado pelo presidente Mauricio Diaz, o Mauriçola.
“Já estava ciente das dificuldades que enfrentaria quando fui chamado para assumir o clube, mas confesso que pensei que seria mais fácil reverter o quadro, com certeza seria mais fácil se o sócio voltasse a quitar sua mensalidade, não resolveria, mas ajudaria”, expôs.
Mauriçola argumenta que o clube tem até o dia 06 de junho deste ano para quitar as dívidas, que chegam a mais de um milhão de reais. Isso sem citar a dívida trabalhista que está sendo negociada. De acordo com ele, ao todo o clube está devendo em torno de três milhões de reais. “Se me perguntarem como vamos sair dessa confesso que não tenho resposta, sei apenas que estamos trabalhando junto com nossos advogados prazos para dar sobrevida ao Country, mas sanar essas dívidas está fora da nossa realidade, se continuar assim não conseguimos a negociação viável, e com a quebra do contrato, a Justiça vai leiloar o clube que já foi o mais frequentado da região”, declarou.
Perguntamos ao presidente do Country sobre os sócios e como o clube chegou a essa situação, Mauricio foi direto e objetivo na sua resposta. “Hoje os sócios estão quase 100% inadimplentes. Os sócios proprietários pagavam 30 reais por mês para terem acesso ao clube, como medida de emergência aumentamos o valor para 40 reais, e para nossa surpresa nenhum sócio pagou esse valor, o que complicou ainda mais a situação, pois precisamos além de tudo pagar o funcionário”, explicou, dizendo ainda que na última semana o clube teve que fechar as portas, pois teve a energia cortada. “A Coelba não aceitava mais acordo ou pagávamos a dívida de aproximadamente 27 mil reais ou não teríamos mais luz, conseguimos reverter essa situação pelo menos na parte superior do clube, que esta funcionando apenas a área da piscina, com as aulas de natação e shows agendados”, revelou.
Solução
Maurício Diaz falou sobre uma possibilidade de sanar os débitos do Clube, mas essa solução passa pelo setor judicial. “Pensamos em uma solução, mas a mesma ficou inviável, pois o clube hoje, podemos afirmar, pertence à Justiça e aos credores, ela (a Justiça) é a única que pode definir o destino do Country, hoje se vendêssemos uma parte do clube, que foi desmembrada, poderíamos sanar uma parte da dívida, mas ainda é uma possibilidade”, outra sugestão de Mauriçola é fazer uma campanha que agregue sócios contribuintes. “Funcionaria da seguinte forma, ele não iria comprar o título, iria pagar uma mensalidade de R$ 40 e teria acesso ao clube, pois não tem como vender títulos se não sabemos como vai ficar a situação do Country nos próximos meses”, sugeriu.
Por Lidiane Souza
Fotos: Cristina Duarte
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