Após mais de cinco horas de reunião, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga as relações de parlamentares com o contraventor Carlinhos Cachoeira, aprovou nesta quarta-feira (2) o pedido de quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico do empresário goiano. Ele é investigado por sua possível ligação com jogos ilegais e de liderar uma rede de influência que envolveria políticos. A previsão anterior era a de que o colegiado analisasse as movimentações do empresário desde 2006, mas o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), acolheu a sugestão dos demais membros da CPMI e ampliou, no pedido, a quebra de sigilo a partir de 2002. A CPMI também aprovou o depoimento de Cachoeira, preso pela Polícia Federal (PF), para o próximo dia 15 de maio. Ainda foi aprovada a convocação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), suspeito de ligações estreitas com o esquema. O depoimento do ex-democrata ficou agendado para dia 31 de maio.