Entre os produtos que estão sendo mais procurados, o leite e seus derivados vêm ganhando espaço e preferência. Para os produtores, esse segmento aparece com resultados atraentes – em relação ao produto convencional, paga-se pelo leite orgânico até quatro vezes mais.Por isso, a produção de leite orgânico vem crescendo cada vez mais.
Os técnicos definem este sistema de produção como sendo um modelo economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto, que se fundamenta no emprego de tecnologias limpas e sustentáveis, estabelecendo parcerias com a natureza. Em outras palavras, produzir leite orgânico significa usar o mínimo de insumos químicos, valorizando uma alimentação natural para o rebanho com conseqüente melhoria da qualidade do leite.
O leite orgânico é obtido a partir de um modelo de produção que tem em sua essência a simplicidade e a harmonia com a natureza, sem deixar de lado a produtividade e a rentabilidade.Uma parcela considerável dos consumidores se interessa, cada vez mais, pelos produtos orgânicos. E, para consumir estes produtos, estão pagando caro.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), os produtos orgânicos movimentam, no Brasil, cerca US$180 milhões. Grande parte da produção é voltada para o mercado externo. Produtos como o açúcar, a banana, o cacau e o café encabeçam a lista de exportações que não pára de crescer.
A elevação no preço decorre da pequena oferta existente. A Região Sul lidera o ranking da produção, com cerca de 10 mil litros de leite por dia, seguida da Região Sudeste (1.800 litros/dia) e Nordeste (500 litros/dia). Os especialistas garantem que este mercado ainda tem muito espaço para crescer. A perspectiva é que, em pouco tempo, a produção orgânica se torne o caminho mais seguro para a cadeia produtiva de leite no Brasil.
da redação do Nordeste Rural