Com receio de contrair a gripe, muita gente está procurando os postos de saúde da rede pública e as clínicas particulares para se vacinar contra o H1N1 em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Como a demanda está alta, está faltando vacina em muitos pontos de imunização.
O taxista José Florentino foi cedo ao posto de saúde do bairro Vila Eduardo, mas não encontrou a vacina contra a H1N1. A unidade recebeu quatrocentas vacinas, que acabaram em poucas horas. “Não tem de jeito nenhum, foi o que acabaram de me informar, que acabou”, relata. Ele conseguiu tomar a vacina no posto de saúde do bairro Areia Branca, um dos poucos que ainda têm. A procura está grande também na rede privada. “Nós não podemos vacilar, porque trabalho com várias pessoas e ninguém sabe como está a situação delas e então tem que se cuidar”.
Na unidade de saúde do bairro Vila Mocó também não tem vacina contra a gripe H1N1. A quantidade que chegou acabou logo e não chegaram novas unidades. Por enquanto, não há previsão de quando o posto vai ser abastecido novamente.
(Foto: Reprodução/TV Grande Rio)
A auxiliar contábil Daiara Fernandes teve que procurar outro posto pra imunizar a filha. “Vou ter que procurar outro postinho, porque os das redondezas não atendem a demanda”, disse.
Em uma clínica que fica no shopping, das 1.100 vacinas que chegaram semana passada só restavam trinta e cinco unidades. “Infelizmente não temos previsão de quando vamos receber mais vacinas, nem nós, nem os laboratórios e nem os distribuidores. A temporada de gripe começou mais cedo e também surgiram alguns casos de H1N1, inclusive com óbitos, e, com isso, houve uma corrida para as clínicas. Ninguém estava preparado para esse volume de procura”, explica o administrador da clínica, Sandes Ribeiro.
Na rede particular a vacina contra o vírus influenza custa em média R$130 reais. A pequena Sophie, de 7 meses, tomou a quadrivalente que protege contra quatro vírus, uma das últimas do estoque. “A vacina que foi administrada da gripe tem um alcance maior e tem mais variedade de vírus e a gente procura segurança também nessa área”, relata o técnico judiciário, Leon de Freitas.
Sem a vacina no mercado é preciso reforçar os cuidados. A médica Ana Flávia alerta pra as outras formas de prevenção. “Evitar ficar em ambientes fechados por muito tempo, usar o álcool em gel e fazer a lavagem das mãos. Se tiver pessoas gripadas, evitar o contato”.
Fonte: G1 Petrolina