Criado no Vitória, Uelliton chega ao Bahia para lugar deixado por Feijão

RTEmagicC_uelliton.jpgO Bahia assumiu seu erro. E faz isso assumindo, agora, um risco. Quando emprestou Feijão ao Flamengo em troca de Rafinha, a diretoria alegou que tinha muitos primeiros volantes. Percebeu o erro e contrata Uelliton, cria da base do Vitória, vinculado ao Cruzeiro e que terminou 2013 no Coritiba.

O acerto final com o jogador só depende da liberação dos mineiros, o que não deve ser problema, já que a Raposa já havia anunciado que não pretende utilizá-lo. Feijão e Rafinha são representados pela mesma, a Antonius.

O vice-presidente Valton Pessoa, inclusive, havia garantido ao CORREIO, em entrevista no dia 15 de janeiro, que “a única incógnita para o segundo semestre é o centroavante”. E que o camisa 10 viria para o Brasileiro ou quando o número de sócios chegasse a 30 mil. Veio um volante.

O risco é o passado de Uelliton fora de campo. Polêmicas, multas por inventar lesão, relação de amor e ódio com a torcida rubro-negra e provocações para com o Bahia. Ou seja, sai o menino da base identificado com o tricolor e entra a cria da base rival.

Para se precaver, a diretoria do Bahia inseriu uma cláusula no contrato de Uelliton, que vai até o meio do ano, que permite rescindir o contrato se houver problema disciplinar.

Força

Ainda que criado na Toca do Leão, Uelliton nunca negou que pudesse jogar no Esquadrão. “A rivalidade atrapalha um pouco, mas o jogador tem que ser profissional, tem que ganhar o pão de cada dia”, disse no final de 2012.

Dentro de campo, poucas contestações. Uelliton sempre foi notabilizado pela eficiência na marcação, pelo posicionamento na bola aérea (grande problema tricolor) e pela força do chute, principalmente em cobranças de falta.

O martelo da contratação de Uelliton foi batido em reunião, ontem à noite, que contou com o vice-presidente Valton Pessoa, o diretor de futebol William Machado, o técnico Marquinhos Santos (com quem Uelliton trabalhou no Coritiba) e o assessor da presidência Sidônio Palmeira, além do próprio jogador e de seu empresário Antônio Terceiro, que é o mesmo de Feijão.

No Cruzeiro, o volante conviveu com contusões e só fez três jogos. Emprestado ao Coxa em agosto, atuou apenas em seis partidas, todas como titular. Uma delas, o 2×2 contra o Bahia, saiu lesionado.

 

Termômetro

Nas redes sociais, os comentários sobre a contratação de Uelliton pelo Bahia foram, no mínimo, curiosos. De um lado, a torcida tricolor estava em fúria. Alguns torcedores se resignavam, escrevendo que, ao menos, o volante ex-rival seria melhor que Fahel.

Do lado rubro-negro, a notícia chegou e provocou risadas. Muitas risadas. A maioria dos adeptos do Leão festejou a contratação como se fosse um castigo para o Bahia e para Uelliton. “Se o Jahia contratar mesmo o VERME, a torcida do VITÓRIA vai recebê-lo no aeroporto e levá-lo em carro aberto para o Fazendão!”, escreveu no Twitter o DJ e percussionista Fernando Baía, conselheiro do Vitória.

Correio

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